Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.
Aprender a escrever à mão na era digital
Necessidade ou nostalgia?

«Caligrafar não é apenas desenhar, já que existe uma intenção linguística, ou seja, pretende-se deixar uma mensagem no papel» – escreve a  psicóloga Inês Ferraz, em artigo de opinião incluído no jornal Público em 6 de outubro de 2023.

Dos nomes provisórios e das línguas
Equívocos linguísticos no ensino de português a alunos chineses, em Macau
Por Dora Gago

«Uma língua não é apenas a substância por meio da qual comunicamos, exprimimo-nos, mas também a matéria através da qual somos, a massa com que moldamos os nossos modos de existirmos, de interagirmos. E imagino como seria tão diferente se tivesse sido gerada no útero de uma língua tonal [como o mandarim,] fixada por misteriosos caracteres

 

Artigo da professora e escritora Dora Gago, sobre a sua experiência docente a alunos chineses na Universidade de Macau. Texto transcrito, com a devida vénia, da revista digital Algarve Informativo do dia 23/09/2022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

A aceitação das variantes brasileiras  <br>no ensino em Portugal
E vice-versa

«Entre as duas normas (a europeia e a brasileira) há mais fatos em comum do que o avesso — do contrário não nos conseguiríamos comunicar —, os cursos de Letras (ou cursos de formação de professores já graduados e atuantes em salas de aula) devem ter em sua grade curricular uma disciplina que ensine sistematicamente as diferenças entre as duas normas/variedades.»

Defende o gramático brasileiro Fernando Pestana num comentário ao problema da aceitação de outras variedades de português que não a nacional (ler "Países de Língua Oficial Portuguesa e norma linguística"), questão que se levanta frequentemente em Portugal, mas também no Brasil. O texto original foi publicado em 11 de outubro de 2023 na página do Ciberdúvidas no Facebook.

Os alunos estrangeiros nas escolas portuguesas
O impacto da língua materna na aprendizagem do português

«Para que um professor de PLNM consiga assegurar um ensino de qualidade e no qual proporcione um acompanhamento que permita esclarecer muitas das dúvidas dos seus alunos é necessário que, para além da atenção prestada aos modelos e materiais didáticas, se procure também conhecer um pouco o grupo de estudantes, nomeadamente, as suas culturas e línguas» – afirma a consultora Inês Gama que, no seguimento do tema do ensino do português como língua não materna, reflete neste apontamento sobre o impacto da língua materna dos alunos na aprendizagem do português, dando como exemplo o nepali.

O português como língua não materna nas escolas
Os desafios da disciplina de PLNM

«Muitos dos alunos que frequentam [a disciplina de Português como Língua Não Materna] e dos professores que a lecionam deparam-se com desafios variados de difícil resolução.» Neste apontamento, a consultora Inês Gama reflete sobre a disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM), oferta do currículo escolar português.

A diversidade linguística nas instituições de ensino
Os novos desafios do ensino do português

«Com o início de mais um ano letivo em Portugal, muitos professores encontram na sua sala de aulas grupos de alunos heterogéneos e com caraterísticas linguísticas muito diversificadas, resultado da multiculturalidade crescente em muitas escolas públicas portuguesas. Este desafio recente exige que, para além de se priorizar a integração social, se favoreça a aprendizagem da língua portuguesa.» São reflexões de Inês Gama, num apontamento sobre os novos desafios do ensino do português nas escolas portuguesas, onde hoje a diversidade é uma realidade.

O digital no ensino
Uma fábrica de cretinos

«Não, o digital não é a solução! A solução é o regresso ao livro e à cultura. Pois bem, para que tal aconteça, quem ensina precisa de ter três condições fundamentais (as condições do investigador), sem as quais a Escola e a Universidade não existem: dinheiro, tempo e habitação.» Assim se refere criticamente o professor, poeta e crítico literário António Carlos Cortez à presença das tecnologias da informação e dos recursos digitais no sistema de ensino, em artigo de opinião publicado no Diário de Notícias em 16 de abril de 2023.

Educação digital: um passo no caminho da inclusão <br>ou um obstáculo?

«“[A] tecnologia e o digital dão a todas as pessoas uma vivência mais inclusiva” e [estes meios revelam-se] como “ferramentas poderosas para promover a inclusão”» – afirmou a professora universitária e investigadora Sílvia Couvaneiro (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa) no debate realizado no âmbito das PSuperior Talks, uma iniciativa do Público em parceria com outras entidades, com vista a promover a literacia mediática nos estudantes universitários.

Do encontro, transcreve-se, com a devida vénia, uma síntese da autoria do jornalista João Santos Silva e incluída o caderno P3 do referido jornal (edição de 11 de março de 2023). Mantém-se a ortografia usada no original.

 

As aulas de Português, a existência e o significado
Memórias da disciplina de Português

«Encontrei um velho livro de Português no sótão de casa dos meus pais. Português B, especificava a capa feia, decorada em tons de castanho.» Partindo desta frase, Carmen Garcia, colaboradora do jornal Público, enceta uma viagem às memórias da disciplina de português e da literatura que conheceu. Mantém-se a ortografia do texto original.

Será que burro velho não aprende línguas?
Sobre a aprendizagem de línguas e a plasticidade do cérebro

«A plasticidade do cérebro em desenvolvimento é muito grande (só assim se explica tudo o que uma criança aprende nos primeiros anos de vida) e vai diminuindo com a maturidade, embora não desapareça» – observa da linguista e professora universitária  portuguesa Margarita Correia, num apontamento sobre as diferenças etárias na aprendizagem de línguas e o conceito de neuroplasticidade. Texto transcrito com a devida vénia do Diário de Notícias de 27 fevereiro de 2023.