Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.
O digital no ensino
Uma fábrica de cretinos

«Não, o digital não é a solução! A solução é o regresso ao livro e à cultura. Pois bem, para que tal aconteça, quem ensina precisa de ter três condições fundamentais (as condições do investigador), sem as quais a Escola e a Universidade não existem: dinheiro, tempo e habitação.» Assim se refere criticamente o professor, poeta e crítico literário António Carlos Cortez à presença das tecnologias da informação e dos recursos digitais no sistema de ensino, em artigo de opinião publicado no Diário de Notícias em 16 de abril de 2023.

Educação digital: um passo no caminho da inclusão <br>ou um obstáculo?

«“[A] tecnologia e o digital dão a todas as pessoas uma vivência mais inclusiva” e [estes meios revelam-se] como “ferramentas poderosas para promover a inclusão”» – afirmou a professora universitária e investigadora Sílvia Couvaneiro (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa) no debate realizado no âmbito das PSuperior Talks, uma iniciativa do Público em parceria com outras entidades, com vista a promover a literacia mediática nos estudantes universitários.

Do encontro, transcreve-se, com a devida vénia, uma síntese da autoria do jornalista João Santos Silva e incluída o caderno P3 do referido jornal (edição de 11 de março de 2023). Mantém-se a ortografia usada no original.

 

As aulas de Português, a existência e o significado
Memórias da disciplina de Português

«Encontrei um velho livro de Português no sótão de casa dos meus pais. Português B, especificava a capa feia, decorada em tons de castanho.» Partindo desta frase, Carmen Garcia, colaboradora do jornal Público, enceta uma viagem às memórias da disciplina de português e da literatura que conheceu. Mantém-se a ortografia do texto original.

Será que burro velho não aprende línguas?
Sobre a aprendizagem de línguas e a plasticidade do cérebro

«A plasticidade do cérebro em desenvolvimento é muito grande (só assim se explica tudo o que uma criança aprende nos primeiros anos de vida) e vai diminuindo com a maturidade, embora não desapareça» – observa da linguista e professora universitária  portuguesa Margarita Correia, num apontamento sobre as diferenças etárias na aprendizagem de línguas e o conceito de neuroplasticidade. Texto transcrito com a devida vénia do Diário de Notícias de 27 fevereiro de 2023.

 

A literatura africana nas escolas
A experiência brasileira

«Nós, como professores de literatura no Brasil, encontramos uma pluralidade de alunos, com anseios e desejos diversos. E como tais, esses alunos são, em sua maioria, jovens com vontade de representação, até porque estão na idade de se afirmarem num mundo para o qual vinham se preparando. Uma literatura que reflita apenas a visão de mundo europeia limitaria não somente a sua percepção como não necessariamente os representaria.»

Reflexão do professor e investigador de Português brasileiro Roberto Lota sobre a presença das literaturas de países africanos de língua portuguesa nos programas escolares no Brasil. Texto publicado no mural Língua e Tradição, no Facebook em 05 de feveriro de 2023, a seguir transcrito com a devida vénia.

Das línguas e dos professores das mesmas
A competência plurilingue e pluricultural na sala de aula

«Quando há 42 anos comecei a dar aulas de Português e de Francês numa escola pública de Lisboa (ainda sem habilitação própria; nem formação específica para o ensino), não tinha muita consciência de que o Português que ensinava era a língua materna dos meus alunos e o Francês era uma língua estrangeira, embora esse conhecimento determinasse a qualidade do meu desempenho» – lembra a linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia no seu artigo semanal do Diário de Notícias, publicado em 6 de fevereiro de 2023, acerca da aquisição e aprendizagem de línguas e dos professores das mesmas e a sua formação.

O ensino das preposições em Português como Língua Estrangeira
Porque é o seu ensino é desafiante?

«Muitas vezes, no decurso das aulas, perguntam-me porque é correto dizer «chegar a casa» e não «chegar para casa»? A este propósito, a experiência indica-me que muitos dos problemas relacionados com o uso das preposições em PLE dizem respeito a casos especiais da sua aplicação».

Artigo da professora Inês Gama sobre o ensino das preposições em Português como Língua Estrangeira (PLE).

Sr. ministro, sem professores não há ministros!
Princípios que «deviam vir de cima»

«No dia em que já não houver professores, em que todos decidirem ir embora, talvez o sr. ministro [da EducaçãoJoão Costa] ou os que vierem se recordem destas palavras: os professores são a base da sociedade» – escreve neste artigo do jornal Público a professora Lúcia Vaz Pedro.

* in jornal Público de 20 de dezembro de 2022.

Os verbos impessoais no ensino de Português <br> como Língua Estrangeira
O que estará por detrás do erro «você chove»?

«Há uns tempos, deparei-me com a expressão «você chove», que me levou a refletir sobre a forma como os verbos impessoais são abordados nas aulas de PLE. Afinal, tinha um aluno na sala que assumia o pronome você como sendo expletivo e que verbos impessoais (como chover) têm sujeito gramatical.» 

Artigo da professora portuguesa  Inês Gama sobre o ensino de pronomes pessoais e dos verbos impessoais em português como língua estrangeira (PLE).

Torre de Babel nas salas de aula portuguesas
4193 alunos de 124 nacionalidades diferentes

As escolas públicas portuguesa acolhem atualmente mais de 120 nacionalidades, mas os recursos escasseiam. As turmas enchem, os professores não chegam e os alunos desmotivam-se. Um trabalho da revista Sábado do dia 10 de novembro de 2022, assinado pela jornalista Raquel Lito.