Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
Cultura, <i>media</i> e eurocentrismo no Brasil
Em defesa da literatura africana de língua portuguesa

«O sistema cultural e mediático oficial e/ou dominante do Brasil, “o segundo país negro do mundo” (depois da Nigéria), é aberta e assumidamente eurocêntrico, para não ser mais preciso e dizer “norte-americanocêntrico”» – aescreve o jornalista e escritor angolano João Melo em artigo  publicado no Jornal de Angola em 14 de dezembro de 2022.

 

 

A inclusão ou exclusão das palavras
«Armas de destruição maciça»

«Um dos maiores problemas com que a linguagem inclusiva se depara é com o modelo patriarcal e machista da sociedade que modela os idiomas», sustenta neste artigo* a deputada do Bloco de EsquerdaAlexandra Manes.

 

Artigo transcrito, com a devida vénia, da página Esquerda.net

Nomenclatura gramatical ou terminologia linguística?
Objetivos didáticos e rigor científico

«[D]e um ponto de vista tanto epistemológico quanto metodológico, a gramática é uma tecnologia derivada da linguística, do mesmo modo como a engenharia é uma tecnologia derivada da física ou a medicina uma aplicação da biologia. E vejam que a engenharia e a medicina são muito mais antigas que a física ou a biologia.»

Reflexão do linguista  brasileiro Aldo Bizzocchi sobre a relação da gramática com a linguística e a questão dos usos dos termos associados a estas duas áreas. Texto publicado no mural Língua e Tradição no Facebook, em 7 de novembro de 2022. 

Sim, é verdade: Portugal não descobriu o Brasil
... Mas criou o Brasil no plano linguístico, cultural e civilizacional

«Portugal não descobriu o Brasil pela simples mas suficiente razão de que o Brasil não existia antes de os portugueses lá terem chegado», escreve neste artigo* o presidente do Movimento Internacional Lusófono (MIL) e professor universitário português, Renato Epifânio — a propósito dos 200 anos de independência do maior país da América Latina e da sua relação com Portugal.  

 

*in jornal Público do dia 13 de agosto de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Sobre a linguagem e as identidades LGBTQIA+

Um inicial artigo no jornal Público do político e historiador português José Pacheco Pereira (Porque é que “todes” não é todos, nem todas?), questionava «a selva de classificações e as respetivas gavetas [da] obsessão pelas identidade» da chamada linguagem LGBTQIA+. Respondeu-lhe a psicóloga clínica e psicoterapeuta Joana Cabral (Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos), com réplica no texto intitulado "Anjos, arcanjos, querubins e serafins". E, depois, a socióloga portuguesa Cristina Roldão (Ainda sobre o debate em torno da linguagem inclusiva).

Toda esta controvérsia aquiaquiaqui e aqui.

Ainda sobre o debate<br> em torno da linguagem inclusiva
A importância da palavra nas lutas étnico-raciais e LGBTQIA+

«Na crítica à linguagem inclusiva — escreve neste artigo * a socióloga portuguesa Cristina Roldão — reiteradamente se acusa o movimento antirracista e LGBTQIA+ de um suposto esquecimento das desigualdades socioeconómicas, mas depois nada se avança sobre elas. Ora, uma real preocupação com as desigualdades socioeconómicas que tocam as vidas das pessoas racializadas e LGBTQIA+ deveria tornar evidente o porquê da importância da luta pelas palavras.»

*in jornal Público do dia 21 de julho de 2022

 

Anjos, arcanjos, querubins e serafins
O discurso do excesso identitário, «censório e intimidatório»

Réplica* do político e historiador José Pacheco Pereira aos artigos que contestaram o que escreveu no jornal Público, no dia 9/07/2022  — e aqui transcrito —, intitulado Porque é que "todes" não é todos, nem todas? Sobre esta polémica suscitada à volta da linguagem inclusiva decorrentes, entre outros, dos termos «não binária», queertransLGBTI-Fobiagay e «expressão de género», cf., em contraponto, o artigo Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos, da autoria psicóloga clínica e psicoterapeuta Joana Cabral.

 
* in jornal Público do dia 16 de julho de 2022. O autor escreve segundo a norma ortográfica de 1945.
Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos
Demandas por uma linguagem inclusiva e não violenta
«É possível continuar a ser cis e hétero, manter famílias e divisões de género tradicionais, basta abdicar do conforto de ser a norma, moral ou linguística» – sustenta* a psicóloga e  docente universitária portuguesa Joana Cabral, contrariando o artigo "Porque é que 'todes' não é todos, nem todas?", da autoria do político e historiador José Pacheco Pereira.
 
*in jornal Público do dia 14 de julho de 2022.
Porque é que “todes” não é todos, nem todas?
Uma miríade de classificações

«A polémica sobre aquilo que é entendido como linguagem “inclusiva” já dura há vários anos. Toda uma série de neologismos está a crescer a cada dia, associada a uma suposta autoridade moral no seu uso» – sustenta o historiador e político José Pacheco Pereira, em artigo publicado no jornal Público no dia 9 de julho de 2022, acerca de termos como «não binária», queer, transLGBTI-Fobia, gay, «expressão de género», etc., que, na sua opinião, podem não ser tão inclusivos como se pretende. O autor segue a norma ortográfica de 1945.

 

Cf. Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos 

Os coices de Bolsonaro
Uma nova aceção do que desferem os equídeos com os cascos traseiros
Crónica do jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, sobre incidente da desmarcação, pelo presidente do Brasil Jair Bolsonaro, do almoço que tinha previsto com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, por ocasião da sua visita particular ao Brasil, no princípio do mês de julho de 2022.
 

 * in semanário Expresso do dia 8 de julho de 2022.