Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Como criar palavras novas em português
Um percurso pelos mecanismos de criação de novas palavras

«Uma palavra pode fazer muito sentido a quem a usou pela primeira vez e perder-se para sempre, sem que mais falantes a adoptem como sua. A língua está continuamente a enriquecer-se com novos vocábulos – mas para que fiquem é preciso que os falantes os usem.»

Artigo do tradutor e professor universitário Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras no dia 12 de março de 2023. Segue a norma ortográfica de 1945.

«Aqui compra-se os melhores fatos» <br>ou «Aqui compram-se os melhores fatos»?
As especificidades de se

Neste apontamento, a professora Carla Marques analisa as diferenças entre duas frases: «Aqui compra-se os melhores fatos» ou «Aqui compram-se os melhores fatos».

(Difundido no programa Páginas de Português, da Antena 2)

Um <i>chairman</i> e uma <i>CEO</i> voando baixinho

Com a noticia da exoneração dos dois principais administradores da companhia de aviação portuguesa, voltou o modismo dos dois anglicismos do mais pretensioso "tecnocratês": Governo demite "chairman" e CEO da TAP.

Do assédio como problema social
O caso universitário em Lisboa

«Aquilo a que se pode chamar "prática de assédio" conjuga uma série de comportamentos (e.g. abuso, perseguição, insultos, difamação, destruição da confiança e do amor próprio, culpabilização da vítima, agressões físicas e sexuais, retaliações sobre a vítima e pessoas próximas) tão desprezíveis que o termo (do latim obsidiu –, pelo italiano assedio) chega a parecer demasiado frágil para tanta carga.»

Artigo de opinião que a linguista e professora universitária Margarita Correia assinou no Diário de Notícias de 6 de março de 2023, a propósito do encontro Assédio na ULisboa: conceitos, causas, intervenientes, realizado em 27 de fevereiro de 2023.

O que os lapsos de linguagem revelam (ou não) <br>acerca de nós

«Os erros surgem em todas as frentes. A palavra ou o nome de alguém, que está na ponta da língua mas não sai. Dizer uma palavra parecida com aquela que se quer dizer, embora seja totalmente inapropriada ou fora de contexto, a meio de uma conversa.»

Artigo da jornalista Clara Soares acerca dos lapsos de linguagem (lapsus linguae) que frequentemente acontecem e que Sigmund Freud (1856-1939) estudou como fenómenos do insconsciente. Texto publicado na revista Visão no dia 5 de março de 2023.

LGBT
O significado desta sigla e as suas variantes

O que significa LGBT? E LGBTQIA+? E LGBTQIAPN+? A ordem das letras nestas siglas é fixa? A estas perguntas responde Sara Mourato, num texto que pretende dar a conhecer o significado da(s) sigla(s) que designa(m) minorias de orientação sexual e identidade de género.

Um bilião ou mil milhões?
A designação do número 1 000 000 000

designação a dar ao número 1 seguido de nove zeros (19) é o tema do apontamento desta semana da professora Carla Marques no programa Páginas de Português, da Antena 2.

Porto Editora, descolonize-se
O eurocentrismo nos manuais escolares de História em Portugal

«Seria cómico se não fosse trágico, pois no pano de fundo temos a chegada das naus e navegadores portugueses às terras que viriam a ser o Brasil. Festa? Mas quem é que tem a ideia peregrina de chamar àquilo uma “festa”?»

 Artigo da professora e investigadora portuguesa Cristina Roldão, criticando o conteúdo e ilustração  do manual escolar de História e Geografia HGP em Ação, 5.º ano, da Porto Editora. In jornal Público de 2 de março de 2023.

Palavras inchadas e sentidos confusos
Os casos de literalmente, aplicar e realizar

«Volta e meia tomamos empréstimos do inglês, numa tradução literal com o objetivo de tonificar o discurso. Só que não raramente são falsos os cognatos emprestados, o que nos gera a maior confusão» – sustenta a advogada e professora de Português brasileira Lara Brenner, numa reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook), em 27 de fevereiro de 2023, e que aqui se transcreve com a devida vénia.

 

Limpar livros de pecados linguísticos, <br> ou o elogio da estupidez
A higienização da literatura

«Atualmente, presumo, deve ler-se livros para estupidificar. Os leitores não podem ser confrontados com o que é ofensivo e fora das lentes atuais. Não devem aprender que o mundo nem sempre foi como é agora, as circunstâncias políticas e sociais mudam, e o quadro de valores das comunidades evolui. Estão arredados do princípio fundamental da leitura: um texto é sempre construído, e só assim se percebe, dentro do seu contexto.»

Artigo da  economista Maria João Marques, a propósito da decisão de certas editoras de limparem os livros de Roald Dahl e de Ian Fleming de palavras racistas e sexistas, incluído no jornal Público no dia 1 de março de 2023.