Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Onde está o meu <i>taparuere</i>?
Um exemplo de derivação imprópria

«[À] semelhança de tantas outras marcas que deram origem ao nome de objetos – são o caso a giletechiclete quispo, nomes de objetos provenientes das marcas registadas Gillette, Chiclets e Kispo, respetivamente – também se encontra registada a forma taparuere», refere a consulente Sara Mourato numa reflexão acerca do aportuguesamento de taparuere.

A língua portuguesa em França
Contra o declínio do nosso idioma no ensino francês

«Os representantes políticos esquecem, ou pior ainda, desconhecem, que a importância de um idioma não se mede, apenas, pelo número de falantes e da influência diplomática ou poderio económico dos países em que é utilizado. Por isso, o grande desafio é o de promover o ensino do português como língua estrangeira vocacionada para o mundo dos negócios.»

Considerações críticas da professora universitária Isabelle de Oliveira (Université des Cultures, Sorbonne Nouvelle), que apela a uma estratégia capaz de contrariar o atual declínio da língua portuguesa em todos os níveis de ensino em França. Artigo de opinião publicado no Diário de Notícias em 22 de outubro de 2023 e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, conforme o original.

Nomofobia
Um neologismo para referir uma dependência

O significado do neologismo nomofobia e a sua formação dão matéria ao apontamento da professora Carla Marques.

Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 22 de outubro de 2023.

Pelos caminhos do Oriente<br> – português, uma língua de afectos
Além da proficiência linguística
Por Dora Gago

O caso específico do beijinho tão corrente nas saudações em Portugal… e nos antípodas dos costumes japoneses.

 

Artigo da professora e escritora Dora Gago, publicado originalmente do Jornal de Letras de 18/05/2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Anatoliy Trubin vs. Roger Schmidt
Estrangeiros (não) falando português, em Portugal

Um, o recém-contratado guarda-redes ucraniano do Benfica entende que um futebolista estrangeiro, em Portugal, deve aprender a comunicar em português. O outro, o alemão Roger Schmidt,  logo que chegou a Portugal para treinar o Benfica, deixou bem claro ao que vinha: só falaria em inglês, ponto. Com a vassalagem dos jornalistas portugueses...

Ações humanitárias
À volta da guerra Israel-Hamas

guerra Israel-Hamas tem sido um terreno fértil para o surgimento de novas palavras e outras  expressões que, não sendo novas, são recorrentes nos discursos e na comunicação social, como são casos expressões com recurso ao adjetivo humanitário.

Texto da autoria da consultora do Ciberdúvidas Sara Mourato.

 

O que será afinal um «orçamento pipi e betinho»?
A propósito das considerações do líder do PSD

«Em Portugal, por esta altura, são habituais as discussões em torno do orçamento de Estado (OE). Normalmente, as páginas dos jornais e os espaços noticiosos dos canais de televisão são preenchidos por vocabulário complexo da área da economia e das finanças. [...] Todavia, até ao momento, uma boa parte das discussões sobre este importante documento têm estado centradas não nas propostas que este apresenta, mas antes nos adjetivos que o líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, utilizou para o caracterizar. [...] Serão estes termos apropriados para um tipo de discussão que se pretende séria? E já agora quais os seus significados e contextos de usos?»

À volta destas perguntas a consultora do ciberdúvidas Inês Gama apresenta algumas considerações sobre as palavras pipi e betinho.

Na era pós-leitura?
As redes sociais como palco do eu e dos egos insuflados
Por Dora Gago

«Há correntes a defender que nunca se leu tanto como actualmente, pois lê-se nos ecrãs, nas redes sociais… e o conteúdo, o teor daquilo que se lê? Não importará, não fará qualquer diferença? Por vezes, o que se faz é tresler, passar os olhos pelo início, pelo fim, sem perceber muito bem o que é dito, mas atirando uma opinião instantânea sobre algo que nem se sabe sequer o que é.»

 

Artigo da professora e escritora portuguesa Dora Gago, transcrito, com a devida vénia, do blogue Algarve Informativo, com a data de 01/06/2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

<i>Haver</i> impessoal
Uma questão de concordância

A identificação da frase correta entre as frases «Promessas terrenas, não as havia» e «Promessas terrenas, não as haviam» leva a professora Carla Marques a analisar os usos impessoais do verbo haver

 Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 15 de outubro de 2023.

«Atuação» = «a tua ação»?!...
Mais um engenhoso e inventivo exercício de paraetimologia

«Espanta-me sempre a criatividade dos falantes nestas corruptelas» – declara o consultor Paulo J. S. Barata a propósito de uma entrevista televisiva em que uma etimologia falsa (paraetimologia), a da palavra atuação, teve intuito retórico e oratório.