Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A propósito de dicção, norma-padrão e regionalismos

Acerca de boa dicção e da pronúncia que esta pressupõe, recebeu o Ciberdúvidas um comentário de um consulente (ver resposta de José Mário Costa, no Correio de 20/11/2015), o qual considera que, por respeito ao público e credibilidade, o português usado na televisão e na rádio deve ser neutro e sem regionalismos; e acrescenta: «Este português neutro é artificial, ou seja, não pertence a nenhuma região, nem sequer à própria Lisboa nem a Coimbra.» (...)

Défice de conhecimento da sua própria língua

«(...)  se de facto o consórcio vencedor falhar ou incumprir com um que seja dos objetivos estratégicos, ou com um que seja dos elementos dos objetivos financeiros, reverte imediatamente o negócio com toda a capitalização que já está lá feita [na TAP]. Ou seja, [basta] se amanhã for incumprido um dos /áitems/  [do contrato] (...)»
[Miguel Pinto Luz, secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, no programa "Prós e Contras", RTP1, 16/11/2015]

«Simpatizei
Registos (não) normativos do português em Angola

Aproveitando o vocabulário característico do português falado em Angola, o jornalista e professor Edno Pimentel assinala o uso incorreto de simpatizar como verbo reflexo («simpatizei-me com ela», em vez do correto «simpatizei com ela»).

Crónica publicada no jornal luandense Nova Gazeta, em 12/11/2015. Escrita segundo a  norma ortográfica de1945, seguida em Angola.

 

«Acabaram-se as

«No Brasil, evitam-se as vergonhas assim: o povo usa, não ofende, não fere sensibilidades nem faz mal a ninguém, pelo contrário, facilita a comunicação, enriquece o léxico e diversifica ainda mais a cultura, porque não fazer parte da família vocabular?»
Pergunta Edno Pimentel em crónica que junta algumas reflexões sobre o português do Brasil, em confronto com a relação entre norma e uso no português de Angola. Texto publicado pelo semanário luandense Nova Gazeta em 5/11/2015.

Para haver bom senso só falta um hífen?

Relacionado com o apontamento que subscrevi aqui, a propósito da grafia errada de “bom-senso”, com hífen, no título de uma conferência sobre ortografia promovida pelo Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa, foi publicado um assim intitulado «parecer académico», da autoria individual de Ana Salgado, recém-nomeada membro da ACL. Não na respetiva página oficial, mas no Pórtico da Língua Portuguesa, iniciativa também de recente data e da responsabilidade pessoal da própria Ana Salgado, em  sociedade com editora portuense Edita-me.

Acompanhando a lusofonia em Goa
Preocupações e experiências pessoais

Intervenção do autor no Congresso "Ensino Superior e Lusofonia", organizado pelo Instituto Universitário da Maia, realizado nos dias 26 e 27 de novembro de 2015,  sobre a sua experiência pessoal, em contextos colonial e pós-colonial. 

Ortografia... sem bom senso

Convenhamos que é, no mínimo, surpreendente um erro destes no anúncio de um colóquio pretensamente científico sobre a ortografia (...)

«Não tenho bilhete de

Diz-se que são parónimas as palavras que têm pronúncia semelhante, como é o caso de identidade e entidade, cuja confusão pode dar origem a erros embaraçosos como «bilhete de "entidade"», expressão erroneamente empregada em lugar de «bilhete de identidade». Tendo como pano de fundo a realidade social e linguística de Angola, Edno Pimentel salienta esta confusão, muito comum na língua portuguesa, numa crónica publicada pelo semanário luandense Nova Gazeta em 29/10/2015.

A matriz negra da língua portuguesa no Brasil

A proximidade entre o português arcaico e as línguas bantas resultou no português que hoje se fala no Brasil, diz nesta entrevista à edição de 1/05/2015 da Revista de História da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, Brasil) com a etnolinguista e professora da Universidade brasileira do Estado da Bahia, Yeda Pessoa de Castro. Com o título original "A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra" e a condução do historiador Marcelo Scarrone (autor da entrada que precede a entrevista, transcrevemo-la a seguir, na íntegra, com devida vénia.

 

«A Ary é o cantor mais bem pago em Angola»

Em referência a uma mulher, se dissermos ou escrevermos «ela é a melhor cantora do mundo», excluímos os homens que também cantam. Mas poderemos formular uma frase como «ela é o melhor cantor do mundo», querendo dizer que, entre mulheres e homens, ela é a melhor?  Eis o tema de uma crónica de Edno Pimentel, à volta de uma questão que, como no resto da lusofonia, também levanta problemas no português de Angola. Texto publicado no semanário luandense Nova Gazeta no dia 22/10/2015, no qual se mantém a ortografia conforme a norma ainda aplicada em Angola, anterior ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.