Este é um caso de deficiente transcrição fonética dos dicionários e contrária às regras fonotáticas do português – justifica neste texto a nossa consultora Maria Regina Rocha, a propósito da palavra «vintage».
Este é um caso de deficiente transcrição fonética dos dicionários e contrária às regras fonotáticas do português – justifica neste texto a nossa consultora Maria Regina Rocha, a propósito da palavra «vintage».
«É a poderosa simbiose palavra/imagem que fará com que, sempre que pisar um palco, se torne um orador de excelência e inesquecível» – recomenda Sandra Duarte Tavares, num dos seis conselhos para uma boa comunicação em público, em texto publicado em 14/4/2017 na revista portuguesa Visão.
«Ensinar a ler e a escrever uma criança que não fala português porque é outra a sua língua materna requer metodologias e técnicas de ensino diferentes das que são usadas no ensino de crianças que já falam a língua, ou para as quais o português é a primeira língua» – lembra Maria de Lurdes Rodrigues, professora do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e ex-ministra da Educação (2005-2009) em Portugal, a propósito do estatuto do português nos sistemas de ensino de países como Cabo Verde, Angola, Timor-Leste ou Moçambique. Texto publicado no jornal português Diário de Notícias em 12/4/2017.
Acerca da expressão XPTO (ver respostas aqui e aqui), uma consulente de Lisboa, a tradutora Diana Marques, diz que ficou «[...] espantada e divertida por saber que tem origem nas letras gregas que compõem a palavra Cristo», mas considera que há uma questão por desvendar: «No entanto, continuo intrigada e quero perceber como pode ter derivado a palavra Cristo até vir a significar "algo de qualidade excelente". A correlação não me parece óbvia e talvez tenha uma qualquer anedota por detrás [...].»
Gonçalo Neves quis investigar a fundo as origens deste uso de XPTO para descobrir que, afinal, o muito que se diz não tem grande fundamento.
«A propósito dos 80 anos de Guernica, o emblemático quadro de Picasso alusivo à Guerra Civil espanhola, e da exposição consagrada à efeméride em Madrid, as notícias na imprensa português registaram invariavelmente o nome espanhol do museu, Reina Sofia. Reina, em português, não é rainha? (...)»
O segundo grupo de trabalho constituído pela Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República para Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 programou audições a várias entidades e personalidades com posições públicas sobre esta querela que se arrasta há mais de 20 anos. A seguir ficam os registos já disponíveis.
O consulente Paulo de Sousa (Cascais, Portugal) perguntou:
«Uma das muitas aceções do verbo “compreender” é a de “abranger”. Como tal, poderá o adjetivo “compreensivo” encerrar também o sentido de “abrangente”?»
Como se sabe, apesar de a compreensivo poder ser atribuído o significado de «que compreende ou pode compreender, abranger ou conter», acontece que não se recomenda o uso do vocábulo em tal aceção.
Traçando a etimologia deste adjetivo e comentando a interferência do inglês comprehensive, Gonçalo Neves explica com pormenor as origens e o significado de compreensivo.
Texto publicado no jornal Público em 5/4/2017 da autoria do jurista Ivo Miguel Barroso, segundo o qual o Acordo Ortográfico de 1990 inventa palavras – referindo-se às que que antes da atual reforma se escreviam com c e p não proferido (ou mudo, isto é, sem a correspondente realização fonética), conforme a enumeração que delas já fazia o Acordo Ortográfico de 1945, na Base VI.
[Cf. N.E. no fim da transcrição do attigo.]
Sobre o adjetivo, essa «palavra sem a qual o substantivo seria impreciso, vago, indefinido, amorfo» – com se lhe referia o filólogo e gramático brasileiro Carlos Góes, em artigo publicado na Revista de Língua Portuguesa (Rio de Janeiro, 1921) com o título Do Adjectivo, a seguir transcrito do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (edição Aillaud e Bertrand, Lisboa, 1921), organizada por Agostinho de Campos. Manteve-se a grafia e respetiva norma originais.
«De tráfico ou tráfego» – exemplifica o autor neste artigo* sobre uma série de palavras e expressões que, «com o correr dos tempos (...) têm resvalado para as baixezas do insulto» – «se originou traficante». Mas há também o seu inverso: «Ascendem das bôcas populares para as classes elevadas, e aí se afidalgam.»
* in Revista de Língua Portuguesa, n.º 12 Rio de Janeiro, 1912, pág. 69 e ss.), transcrito do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (edição Aillaud e Bertrand, Lisboa, 1921), organizada por Agostinho de Campos. Manteve-se a grafia e respetiva norma originais.
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