Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa
A importância da disciplina de Português
Deverá a falta de professores de Português ser uma preocupação?

«A disciplina de Português é nuclear uma vez que desenvolve competências essenciais que são a base para a aprendizagem de todas as outras áreas do conhecimento», comenta a consultora Inês Gama neste pequeno apontamento sobre a importância da disciplina de Português, cuja falta de professores se repete no começo de cada ano letivo.

«Vós regressareis em setembro?»
Sobre o pronome pessoal vós em português europeu contemporâneo

«Com que vitalidade regressará no próximo ano letivo a "pessoa perdida"  às escolas do país?» – pergunta a investigadora e linguista Marcela Faria (Faculdade de Letras do Porto), que, no começo do ano letivo de 2025/2026, propõe aos professores de Portugal o desafio de explorarem a extensão do uso de vós entre os jovens. Texto gentilmente cedido pela autora ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

Inteligência artificial: desafios e responsabilidades
Um fenómeno que suscita euforias e apreensões

«As interrogações são pertinentes: em que medida os desenvolvimentos da inteligência artificial são suscetíveis de atingir e desvirtuar a estrutura da língua (portuguesa, francesa, inglesa etc)? Corre-se o risco de  perder o cunho de identidade? Como reagir em face de possíveis alternativas para  incorporar as inovações no idioma falado e, sobretudo, no idioma escrito?» – interroga-se o jornalista português António Valdemar, refletindo sobre a língua face à Inteligência Artificial, a partir de um livro do cientista brasileiro Arnaldo Niskier, membro da Academia Brasileira de Letras. Texto cedido pelo autor ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e a aguardar publicação no Jornal de Letras,  do Rio de Janeiro.

 

Jacinto Lucas Pires: «Estamos a perder palavras. Como pensamos por palavras, estamos a perder capacidades»
A crise da linguagem na contemporaneidade

«Escritor acaba de lançar um novo romance, Vento nos Olhos, quase cinco anos depois do último. Uma história feita de várias histórias unidas pela pergunta: “Qual é o sentido da arte hoje”?»

Entrevista do escritor Jacinto Lucas Pires, conduzida pela jornalista Carla Alves Ribeiro e publicada no Diário de Notícias em 04/08/2025. Texto, aqui partilhado com a devida vénia, que versa sobre vários aspetos literários, incluindo o problema da perda lexical na comunicação contemporânea. Subtítulo da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas.

«Fizeram com que se reerguesse», <br>e não
A confusão entre o pronome se e a terminação verbal sse

Dois equívocos num só erro é como se pode descrever o caso comentado pelo consultor Carlos Rocha, que recorda o cuidado a ter para não confundir o pronome se com a terminação verbal sse do imperfeito do conjuntivo.

<i>Linha</i> ou <i>linhagem</i>?
Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Na notícia de divulgação do podcast Geração 60, de 28 de julho de 2025, pode ler-se: «Venho de uma linha de mulheres poderosas [...].» Não seria mais correto empregar linhagem e dizer «venho de uma linhagem de mulheres poderosas»? O consultor Paulo J. S. Barata analisa e comenta este caso.

 

<i>Entreteve</i>, e não
Tropeçar com a mulher de César e derivados de ter

Os verbos derivados de ter não perdoam aos incautos que se fiam na regularidade da conjugação verbal. E, em  Portugal, num comentário televisivo sobre Mário Centeno, ex-governador do Banco de Portugal, mais uma vez se confirmou que entreter é tão traiçoeiro como conter, deter, reter ou manter. O consultor Carlos Rocha dá conta deste caso.

Colonização, outramento e reconstrução
Um novo pacto linguístico para Angola

«O Estado [...] tem o dever de adoptar políticas concretas para valorizar e institucionalizar as línguas nacionais no sistema educativo, nos meios de comunicação e nas políticas públicas» – defende o professor e investigador angolano Fernando Tchakupomba, em artigo de opinião em que este autor propõe um novo pacto sociolinguístico em Angola que permita descolonizar e revitalizar as línguas nacionais deste país. 

Texto publicado no jornal O País e partilhado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica  de 1945, que continua em vigor em Angola.

 

 

 

<i>O Menino do Elefante</i>, de Luís Filipe Sarmento
Um grito de liberdade no trapézio da literatura
Por Dora Gago

«O Menino do Elefante é uma obra verdadeiramente necessária nos tempos que correm, delineando-se como um grito de liberdade imprescindível perante as sombras emergentes na actualidade» – afirma a escritora e professora universitária Dora Nunes Gago sobre este livro de Luís Filipe Sarmento.

Artigo inédito, cedido ao Ciberdúvidas pela autora, que o escreveu seguindo a norma ortográfica de 1945

Quem nos manda usar o português <br>que se fala em Lisboa?
Língua e autenticidade na escrita literária

«Tomar o português lisboeta como neutro, relegar o calão para as caves da produção literária, cria uma falsa neutralidade que tem como efeito literal a horizontalização de uma arte que não só se quer múltipla como se quer capaz de dizer a vida, com textura e corpo» – defende a escritora e crítica literária  portuguesa  Ana Bárbara Pedrosa, neste artigo de opinião à volta da importância que a representação da variação e dos desvios linguísticos pode ter na criação literária.

Texto incluído no jornal digital Observador em 5 de julho de 2025 e aqui divulgado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.