Palavras às portas de novo confinamento, descambiar vs. destrocar, a vírgula em construções comparativas e o valor das clivadas
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Palavras às portas de novo confinamento, descambiar vs. destrocar, a vírgula em construções comparativas e o valor das clivadas
1. Foi em 13 de janeiro de 2020 que o primeiro caso de coronavírus foi identificado fora da China. Este acontecimento teve lugar na Tailândia e, desde esse momento, correu o planeta. Um ano depois, em Portugal, devido ao aumento do número de infeções e do número de mortos, e face à gradual incapacidade de resposta dos hospitais, equaciona-se a possibilidade, cada vez mais certa, de medidas restritivas mais apertadas. O objetivo mantém-se: baixar a curva, travando novas...
Estado de emergência VIII em Portugal, um «erro de simpatia», um «pode ser» nada jornalístico e a palavra do ano de 2020 nos EUA
1. Em Portugal, como um pouco por todo o mundo, apesar da esperança das vacinas, o começo do ano de 2021 configura um agravamento da pandemia, com uma subida ainda maior de infeções e mortes. Enquanto os hospitais de Lisboa suspendem a atividade não urgente, o parlamento aprova novo estado de emergência de 8 a 15 de janeiro de 2021. A dar testemunho deste contexto, entre multiplicados contágios e programas de vacinação, a rubrica A covid-19 na língua...
Palavras a abrir o ano de 2021
1. O ano de 2021, que dá início à segunda década do século XXI, começa com uma tónica de esperança na luta contra a covid-19. A este espírito renovado, a equipa do Ciberdúvidas junta os votos de um ano saudável, pleno de sucessos e de bom português. As grandes mudanças que este ano promete ficam a dever-se ao trabalho de investigação desenvolvido pelos cientistas, que, em tempo recorde, criaram vacinas, que começam a chegar aos vários países do mundo, onde se dá início à inoculação das populações. Embora a vacinação...
Boas festas, bons livros e um 2021 com a pandemia (enfim) dominada
1. Com o final do ano no horizonte, é tempo de fazer o balanço de um ano de pandemia. Um ano que mudou vida da população mundial e que implicou alterações profundas no que agora se designa como «antigo normal». A sociedade passou a viver, em grande parte, dominada pelo medo. Medo do vírus, medo da doença, medo da morte. Um medo que dá poder a quem o explora: vive-se na era da fobocracia, uma realidade assente na desinformação. A humanidade dá, no entanto, no início do novo ano...
«Ano zero», a metáfora do túnel, a publicação de O Cânone, as datas na toponímia e o adjetivo beethoveniano
1. Febrilmente acompanhadas pelos media, as vacinas e as campanhas de vacinação preenchem as notícias em tempo de Natal. Paralelamente, prevendo o abrandamento demorado da pandemia, fala-se de 2021 como um «ano zero», expressão que, no glossário A covid-19 na língua, se soma a outras, num conjunto de 14 novas entradas: «apoio musculado», «boia de salvação», «Choque e pavor», clima, «desafio logístico», Egito,...
O Dia V, palavras com o ditongo ui + vacina(r), o feminino de árbitro, a Lua como metáfora e as «Festas Nicolinas»
1. Prepara-se o Natal nos países de tradição cristã, mas em plena pandemia, o que força os governos a procurar medidas capazes de conciliar o costume das grandes reuniões de família e o imperativo da distância física (Cf. Estado de emergência IV em Portugal durante o período festivo). As numerosas notícias sobre vacinas criam expetativas, num cenário onde o Reino Unido já tomou a iniciativa em 8 de dezembro p. p., com o v-day, o «dia da vacinação» ou Dia...
Um ano de palavras da pandemia, «que será dele?», cyberbullying, o falecimento de Eduardo Lourenço e o centenário de Clarice Lispector
1. Um ano é o tempo da pandemia do novo coronavírus no planeta. Um ano que alterou profundamente as relações sociais e que introduziu a desconfiança como uma reação comum a determinadas classes profissionais que lidam com a covid-19 no seu quotidiano. Um ano que levou a humanidade a olhar constantemente para a «curva de infeções», reagindo em função da sua evolução e contabilizando as baixas que a doença provoca num registo de «certificados de...
Máximas comportamentais contra a covid-19, a locução «a exemplo de», o verbo tergiversar e o aportuguesamento de bitcoin
1. Dezembro é mês de festas, e, em Portugal, a primeira quinzena é assinalada pela comemoração do 1.º de Dezembro de 1640, o Dia da Restauração, que marca o regresso de Portugal à condição de reino independente. Uma semana depois, o dia 8 de dezembro tem cariz religioso e é dedicado à festa cristã católica de Nossa Senhora da Conceição, que os acontecimentos políticos de há quase 400 anos tornaram padroeira de Portugal. No ano que corre, em tempos de pandemia, estes feriados coincidem com medidas restritivas...
O novo estado de emergência em 16 palavras, a sintaxe de arreigar, a acentuação de dióspiro e o feminino de «sumo sacerdote»
1. Um novo estado de emergência passou a estar em vigor em Portugal às 00h00 do dia 24 de novembro. Esta situação implica medidas específicas em diferentes concelhos, agora divididos em quatro grupos distintos, consoante o nível de risco de contágio da sua população, o qual se encontra assinalado num «mapa de risco». Pretende evitar-se a todo o custo o aumento do número de infeções e de mortes, impedindo-se, se possível, o cenário de uma terceira vaga. As...
Erros consumados com o verbo consumir, o «há 15 dias "atrás"», os (vários) testes anticovid-19, o feminino de mandarim e a arte da ironia
1. Há erros indesculpáveis – mas o de confundir consumir com consumar, ainda por cima, numa manchete jornalística, já é a realidade a ultrapassar qualquer ficção. É o caso deste: «esmagadora maioria consume antibióticos» – registado na rubrica Pelourinho, num apontamento de José Mário Costa, que lembra que consume é forma da flexão de consumar, e não de consumir (que é verbo da 3.ª...
