A maior parte dos dicionários de Língua Portuguesa classifica a palavra flange como substantivo masculino (Houaiss, Porto Editora e Universal da Texto) . O Priberam diz que pode ser feminino ou masculino. No dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não consta.
No Brasil é usado como substantivo masculino.
Em Portugal a comunidade de engenheiros químicos e mecânicos usa flange como substantivo feminino desde sempre.
Se a palavra é um anglicismo e aqui estes substantivos não tem género, qual é forma mais correta em português sabendo que o feminino está muito enraizado nas comunidade técnicas?
Gostava de esclarecimentos.
Qual o correto?
«Tem dois dias desde que a primavera começou.»
«Tem dois dias que a primavera começou.»
Obrigado!
O verbo abarrotar-se é reflexo ou pseudorreflexo?
Em português correto, ele seleciona sempre o pronome se ao mesmo tempo que seleciona a preposição de ou com?
E se o verbo abarrotar-se é pseudorreflexo, porque é que o é, se é igualmente verbo transitivo no sentido de «atestar, de encher algo até ficar cheio»?
Não será, pois, possível dizer-se: Abarrotei a mim e ao Paulo com comida.
Muito obrigado!
Quando ouço a palavra peroração, noto que o seu emprego se afasta cada vez mais do significado original (desfecho, conclusão, epílogo, síntese).
Hoje em dia, peroração virou sinônimo de pregação, sermão, argumentação, e seu uso é habitualmente associado a uma intenção maledicente, arrogante, antipática:
«É um pedante: gosta de perorar sobre qualquer assunto.»
Ou: «A conversa deixou de ser amena e cordial quando ele começou a perorar sobre política.»
Pelo menos no Brasil, a peroração ganhou uma função nova: deixou de ser um elemento da retórica para se transformar em ferramenta do proselitismo. É assim em Portugal?
Obrigado.
Qual das duas expressões é a correta:
Chão que piso.
Chão onde piso.
A minha pergunta prende-se com o facto de o verbo pisar não pedir a preposição em, pelo que, a meu ver, a expressão correta deve ser «o chão que piso», uma vez que onde faz sobressair a ideia de lugar em que.
Que é que dizem?
Muito obrigado!
Tenho visto em alguns textos a palavra "arejabilidade". Contudo, não a encontro em nenhum dicionário de língua portuguesa. É correto usar essa palavra, ou ela, pura e simplesmente, não existe?
Muito obrigado.
Na Internet leio muitas vezes que a regra de uso dos substantivos biformes e uniformes é simples:
Os substantivos biformes possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino:
Ele é um menino muito educado/Ela é uma menina que canta bem.
Ele é um ator famoso/Ela é uma atriz fantástica.
Já os substantivos uniformes têm uma só forma para ambos os géneros:
Ele é um estudante da FLUL/Ela é uma estudante da FLUL.
O João é o nosso principal cliente/A Joana é a nossa principal cliente.
Porém, já há muito tempo que reparei que nem sempre tal é o caso. Talvez esteja enganado, mas parece-me que com alguns substantivos biformes que possam ser referência tal como ao sexo masculino quer ao feminino, pode-se usar a forma masculina para representar ambos. Não sei bem porquê, mas as seguintes frases não soam tão estranho. Aliás, até me parece ser mais sofisticado que se usasse a regra acima descrita:
Ela é um deputado do Partido Socialista.
A Joana continua a ser um dos melhores alunos da nossa escola.
A minha mãe foi sempre um cidadão exemplar para a nossa sociedade.
A Paula Mendes exercerá temporariamente as funções de diretor da escola.
Quando crescer, ela diz que gostaria de ser um professor na escola onde estuda agora.
Marta Braga foi o último ministro da saúde competente que Portugal teve.
Em computação existem os deterministic finite automata, que costumam ser traduzidos como «autómatos finitos deterministas» ou como «autómatos finitos determinísticos». Pesquisando as expressões no Google, a primeira expressão aparece em 612 resultados e a segunda em 2770, mas se restringir a sites .pt, então tenho a primeira com 141 resultados e a segunda com 102.
Nas minhas aulas comecei por adoptar a primeira forma (determinista) ao invés da segunda, que foi a que aprendi enquanto aluno, por ser aquela a forma que o livro que existia em português adotava. De forma resumida, um autómato é determinista/determinístico se, para um determinado par (estado, símbolo), transita, no máximo, para um único estado. Será não determinista ou não determinístico se puder transitar para mais do que um estado.
Assim, perante todos estes dados, a pergunta será qual a forma mais correta?
Obrigado.
P.S. Vi esta explicação – "Determinista e determinístico" –, mas continuei com dúvidas, dado que aqui o contexto é diferente.
Que significa "p. e p." no contexto seguinte: «factos susceptíveis ... de configurar a prática do crime de furto qualificado , p. e p. pelo art.204.º, ... do Código Penal»?
Agradecida.
"Antologiar", "antologizar" ou ambos?
Parece-me que o primeiro termo é que faz sentido, mas a verdade é que o segundo se impôs, não sei por que desenvolvimento linguístico.
Obrigado.
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