Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Joaquim E. Oliveira Jornalista Lisboa, Portugal 1K

Nas construções:

«A psiquiatria, ou antes, a psicanálise...»

«É essa a nossa, ou antes, a minha hipótese...»

«Tudo isso será o passado, ou antes, já é o passado.»

a virgulação está correta?

Ou não deveria grafar-se, ao invés:

«A psiquiatria, ou, antes, a psicanálise...»

«É essa a nossa, ou, antes, a minha hipótese...»

«Tudo isso será o passado, ou, antes, já é o passado.»

Muito obrigado.

Olavo Kanando Jurista Luanda, Angola 1K

Tenho acompanhado na jurisprudência e na doutrina do Direito utilizarem-se expressões como «não deve ser permitido», «não deve ser exercido» e «não deve sacrificar». Em todas estas situações eu vejo o «deve» a ser utilizado no lugar do «pode», entretanto, venho verificando recorrentemente a utilização de expressões como aquelas tanto em Angola como em Portugal.

A mim incomoda porque aquelas frases ficariam muito melhor construídas com o «pode» («não pode ser permitido», «não pode ser exercido», e «não pode sacrificar»). Aquelas expressões são correctas?

Obrigado.

Clara de Santos Loureiro Psicóloga Borlange, Suécia 3K

Qual a forma correta?

«Ele subiu dois lanços de escadas.»

ou

«Ele subiu dois lanços de escada.»

ou

«Ele subiu dois lanços das escadas.»

David Fernandes Tradutor Barcelona, Espanha 812

Gostaria que me esclarecessem a seguinte dúvida:

Anexa a um texto, que anuncia uma nova coleção de algo, vem uma hiperligação que leva o/a cliente para a página de compra. Essa hiperligação costuma apresentar habitualmente fórmulas como «Comprar a coleção» ou, de forma mais sintética, «Comprar coleção».

Como o que realmente se espera é que o/a cliente compre um ou alguns artigos de toda a coleção (e não a coleção inteira!), seriam essas fórmulas aceitáveis ou estaria mais correto usar uma preposição como, por exemplo, de, do que resultaria uma fórmula como «Comprar da coleção» (ou seja, «comprar parte dum todo»)?

Agradeço, desde já, a vossa resposta!

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 1K

O elemento de composição afro leva sempre hífen?

"Afro-portenho" ou "afroportenho"? "Afro-montevideano" ou "afromontevideano"?

Obrigado.

Maria Joana de Gouveia Durão Machado Carneiro de Melo Assistente educativa Porto (Porto), Portugal 2K

Sempre usei «ter vontade de», mas tenho visto escrito (e dito) «ter vontade em», o que me soa estranho e até errado.

Tenho razão?

Grace Macedo Enfermeira Bragança, Portugal 894

Em termos coloquiais, quando nos referimos a alguém presunçoso, ouvi algumas vezes as espressões «galo encrespado» e «galo encristado».

Qual delas é a correta?

Obrigada!

Grace Macedo Enfermeira Bragança, Portugal 927

Gostaria de saber se a palavra redifusão ou resequenciador existem, visto não os encontrar nos dicionários da lingua portuguesa.

Obrigada.

José Pereira Informático Lisboa, Portugal 948

O termo «o que você é meu» utiliza-se?

Sei que no Brasil se utiliza para definir o que alguém é a outra pessoa do tipo:

«O que és para mim?»

«Amigo, namorado, etc.»

Mas mesmo no português do Brasil isto está correto?

Esta frase não parece fazer muito sentido em termos semânticos, e já me disseram que esta frase está correta.

Vladimir Galakhtin Estudante de Mestrado Moscovo, Rússia 798

Gostava de saber se existe algum estudo em Fonética ou Fonologia do português europeu que apoie a tese de que a sequência de vogais como em saia é considerada como tritongo.

Acontece que em várias descrições da fonética do português europeu da Rússia e da antiga URSS publicadas desde os anos 80 e até as mais recentes estas sequências vocálicas vêm sido repetidamente abordadas como tritongos «pronunciados numa só sílaba», o que gera muita confusão nos estudantes do Português Língua Estrangeira (PLE), visto que tal pronúncia é foneticamente difícil se não impossível.

Muito obrigado!