Comecemos por fazer uma precisão: na frase (1), o constituinte «de pintores» tem a função de complemento oblíquo / complemento relativo. Não é complemento indireto porque não se pode substituir pelo pronome lhe.
(1) «Caio gosta de pintores.»
Uma frase como (2) é composta por duas orações: uma subordinante e outra subordinada relativa, introduzida pelo pronome que, o qual tem como antecedente o constituinte pintores:
(2) «João gosta dos mesmos pintores que Caio.»
A segunda oração caracteriza-se pela elipse do verbo gostar, pelo que a frase na sua forma completa seria a que se apresenta em (3):
(3) «João gosta dos mesmos pintores de que Caio gosta.»
No cotejo entre as frases (2) e (3), verifica-se que é a elisão do verbo gostar na oração subordinada que leva à elisão da preposição de, regida pelo verbo, pelo que a frase apresentada em (2) está correta.
Disponha sempre!