DÚVIDAS

A grafia de Singapura/Cingapura
Em Portugal escreve-se Singapura, enquanto no Brasil era comum Cingapura (mas Singapura também se usa). Acontece que o AO 1990 indica explicitamente (Base III-3.°) a grafia Singapura. Podemos pois concluir que a grafia correta em Portugal e no Brasil é Singapura, e que Cingapura passa agora a ser definitivamente uma grafia arcaica, para não dizer errada (acontecendo a essa grafia o mesmo que a seu tempo sucedeu a "Cintra" ou "Certã")?
A grafia de Guisande
A minha aldeia é Guisande, do concelho de Santa Maria da Feira. Em Portugal, para além desta, existe ainda a freguesia de Guisande, no concelho de Braga. Por aqui ainda existe alguma confusão e até alguma polémica, que por vezes geram discussões e que decorrem da grafia. Será "Guisande", com S, ou "Guizande", com Z? Recordo que de há trinta anos para trás era vulgar a grafia com o Z, inclusive era usada pelo velho pároco local. Sei que a mudança para a grafia com o S ocorreu pela ideia incutida e ensinada por algumas professoras do ensino primário local. Pessoalmente entendo que se devia manter a grafia com o Z. Penso que não há nenhum motivo para a prática do contrário. Ainda hoje há exemplos toponímicos onde se preserva a grafia com o Z. Atente-se nos exemplos: Carrazeda de Ansiães; Oliveira de Azeméis; Azeitão. Para além destes, e outros haverá, existem múltiplos exemplos, como Azevedo, Gazela, Azeite, Azo, Azimute, Azelha, Azar e por aí fora. Ora se a ideia subjacente à mudança ensinada pelas professoras quanto à grafia do topónimo Guisande era de que o S entre vogais vale Z, então o porquê da existência de todos os exemplos que apontei? Pergunto, pois, qual a norma e, no caso concreto, qual a grafia correcta para Guisande? Grato pelos esclarecimentos.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa