O consulente tem toda a razão, também procurámos a palavra em vários dicionários em linha, mas sem resultados, apesar de a palavra estar registada em vários corpora do português, como é o caso do corpus do CETEMPúblico, entre outros, que podem ser encontrados através de uma simples pesquisa no Google por: « corpus do português». Contudo, isso não nos dá o significado da palavra, apenas nos prova que ela existe; além disso, se fizermos uma nova busca para "Caramão" através do mesmo servidor, e restringirmos a selecção no campo «páginas de Portugal», encontramos várias referências relativamente ao topónimo em questão, isto é, ao Caramão da Ajuda, em Lisboa, algumas delas com mapas, fotografias e tudo.
Quanto ao significado, podemos encontrá-lo, sim, em suporte de papel, como, por exemplo, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (1993:346):
«Caramão 1, top. Lisboa. Está por Carmão, talvez de Calmon (em 1195); notar a Ladeira do Cramão (Gouveia). Ver J. da Silveira, na R. Lus., 38.º, p. 290. Origem Obscura (Céltica? ligado, como aumentativo de Caramos, q. v.?)
Caramão 2 apel. (D. N. de 8-VII-1981, p. 8) Ant. alc. De Caramão 1.
Caramos, top. Felgueiras. Parece que a forma ant. era Caramalos ou Caramaros, em 1220 (Inq., pp. 73, 121, 164) e 1270 (D. M. P., I, pp. 180 e 182) e talvez também pré-céltica. Uma história local (sem valor científico) explica o nome com «uma grande batalha em 1060, nos Campos da Veiga, de "cara dos Mouros", de onde Caramós, Caramos» (G. Enc., 39.º, p. 237). A este radical também se ligarão, provavelmente, os topónimos Caramão (Lisboa), Caraminha (Ferreira do Zêzere), Caraminheira (id.), Caraminol (V. N. de Cerveira), Caramochel (Tomar), Caramol (S. Pedro do Sul), Caramual (Setúbal).»
Sempre ao seu dispor.