Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Línguas de especialidade
Manuel Ruas Médico Coimbra, Portugal 20K

No teatro grego, qual é o significado de estásimo e de párodo?

José Cunha Estudante Aveiro, Portugal 10K

Gostaria que me respondesse a esta dúvida: o que é o fenómeno da velarização?

Abílio Carvalho Professor Santa Maria da Feira, Portugal 70K

Quando alguém vai responder em tribunal, parece que nunca acertamos com as designações a atribuir à pessoa que vai responder. Já não querem a designação de culpado, porque isso só depois de sentença transitada em julgado; a de réu também não, porque ainda não é culpado; e a de acusado, porque o Ministério Público ainda não deduziu acusação. Parecem preferir a de arguido, de suspeito, de indiciado... fala-se em «alegado agressor», «alegada transgressão», «alegados factos», etc.

No entanto, sobretudo em julgamentos do domínio do cível, a cada passo o tribunal se refere ao réu ou à ré, conforme os casos, e continua a citar-se o aforismo «in dubio pro reo».

Será confusão, panóplia de eufemismos? Em que ficamos?

Muito agradeço uma resposta.

Magali Crescini Professora de Português S. José dos Campos, Brasil 6K

Já lhes enviei minhas dúvidas e pediram-me para dar o contexto.

«O lábio glenoidal ântero-superior é o local mais comum de variações anatômicas labioligamentares.

Na inserção tipo I, o complexo labialbicipital se fixa firmemente à margem da glenóide, de forma que a sonda de um artroscópio não pode ser inserida entre o lábio e a glenóide.

Inserção tipo III do complexo labialbicipital. A seta cheia indica a presença de um p recesso profundo entre o lábio superior e a cavidade glenoidal.»

Trata-se de estudo sobre radiografia do ombro.

Como escrever corretamente: "lábio-bicipital", ou "labiobicipital", ou ainda "labialbicipital"?

Obrigada.

Pedro Barreira Tradutor Ubuntu Linux Lisboa, Portugal 6K

Actualmente não encontro em Portugal qualquer aceitação oficial dos seguintes termos, aplicados às ciências computacionais, e de uso corrente, que passo a enumerar incluindo o seu significado geral:

I. "Rasterizar"/"Rasterização" (eng. to raster/rastering) — processo de geração de uma imagem rasterizada (composta por píxeis ou pontos) a partir de uma imagem vectorial (composta por vectores), com o fim de ser apresentada em ecrã, imprimida ou guardada em ficheiro.

"Rasterizador" (eng. raster) — Aplicação, função ou extensão de aplicação que processa dados vectoriais multicamada de uma imagem e os transforma, aplica numa só camada para a formação de uma imagem rasterizada.

«Imagem rasterizada» (eng. raster image) — imagem composta por píxeis ou pontos.

II. "Renderizar" (eng. render) — processo de geração de um resultado a partir de dados de um modelo, por meio de uma aplicação informática e com a finalidade de produzir uma realidade virtual.

"Renderizador" (eng. render) — Aplicação, função ou extensão de aplicação que procede à criação do resultado que representa uma realidade virtual.

"Renderização" (rendering) — acto de renderizar, objecto renderizado.

«Imagem renderizada» (rendered image) — imagem processada segundo dados de um modelo com a propósito de representar uma realidade virtual.

(Uma realidade virtual é um objecto criado por computador que apresenta as características visuais de uma realidade possível ou não).

Esta terminologia é aplicada nas áreas da construção civil (ex.: projectos CAD 3D), medicina (imagologia), produção cinematográfica/televisiva.

Quais são os critérios que levam «à criação de uma palavra genuinamente portuguesa que corresponda» a rastering, quando a palavra está em uso, tem significado definido e aceite?

Sendo a palavra original uma invenção/adaptação de uma palavra inglesa, dada a multiplicidade de influências e origem do idioma português, o que quer dizer ou se pode esperar uma «palavra genuinamente portuguesa» quando o conceito não foi inventado neste país?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 7K

O dia 9 do Brumário, segundo mês do calendário da Revolução Francesa, era o dia do alisier. Esta palavra francesa se traduz para a nossa língua como mostajeiro?

Gratíssimo perpétuamente.

Kallyne Kaka Vendedora Alto do Rodrigues, Brasil 10K

O morfema lexical, além de funcionar como base de significação, serve para formar outras palavras do idioma? Exemplo?

Carlos Meireles Geólogo S. Mamede de Infesta, Portugal 3K

A definição e caracterização das diversas unidades estratigráficas (Grupo, Formação, Membro, Camada e Escoada) é feita segundo procedimentos expressos no International Stratigraphic Guide (I.S.G.) da International Commission on Stratigraphy (UNESCO/IUGS – International Union of Geological Sciences). No caso da escolha da designação das unidades estratigráficas, é escolhido da carta topográfica sobre a qual estão a ser implantados os levantamentos geológicos, de preferência um topónimo do local onde essa unidade é caracterizada. Exemplo: «Formação Marão» (Ordovícico Inferior); «Formação Bateiras» (Câmbrico Inferior). Acontece que há quem defenda que deve ser «Formação de Marão», «Formação de Bateiras». A crítica de quem usa a preposição é que estamos a ser influenciados pela linguagem anglo-saxónica. Mas acontece que os espanhóis também não usam a preposição de (exemplos: Formación Culebra, Formación Manzanal del Barco, etc.). Os brasileiros também não usam. Quem tem razão? Pessoalmente, “soa mal” o uso do de nestes casos de nomenclatura geológica.

Agradeço a vossa atenção.

Paulo Legoinha Docente da FCT-Universidade Nova de Lisboa Almada, Portugal 3K

Seria possível dar um parecer sobre qual a grafia mais correcta para os seguintes termos:

"cocolito" ou "cocólito"

"girogonito" ou "girogónito"

"holótipo" ou "holotipo"

"paratipo" ou "parátipo"?

Fernando Varela Médico Almada, Portugal 8K

O professor doutor Manuel Freitas e Costa refere no seu Dicionário de Termos Médicos, da Porto Editora, o termo exodôncia como «ramo da odontologia que trata das extracções dentárias».

Gostaria de saber se o termo está correcto e qual a sua etimologia.

Obrigado.