Sobre o verbo bazar
Há tempos li uma versão adaptada da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto (Verbo Juvenil). Se a minha memória não me engana, nesta obra a palavra bazar é utilizada para nomear a acção de um barco deixar o porto. Hoje em dia, esta palavra é tida como neologismo angolano.
Já teve esta palavra o referido significado?
Se sim, é de algum modo legítima a classificação desta como neologismo angolano, quando na realidade já era usada por gente de Portugal há tanto tempo?
Não se estará a tomar o reavivar de um arcaísmo por neologismo?
«Por mor de» e «por via de»
Na minha região ainda é vulgar ouvir-se frases como «Vou à feira por mor de comprar batatas» ou «Vou à mercearia por via de comprar arroz».
Serão as locuções subordinativas finais «por mor de» e «por via de» regionalismos, ou arcaísmos?
Datação de quiromancia e ortodontia
Gostaria de saber, se possível, as datas em que as palavras quiromancia e ortodontia apareceram na língua portuguesa. Obrigado.
Sobre a ortografia do séc. XIX
Um amigo meu enviou-me um texto que eu duvido que fosse escrito nos meados do século XIX.
Por exemplo, inclui as seguintes frases:
1. «Por corrigir os 10 mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas.»
2. «... alargar as pernas ao Tobias.»
Estes fragmentos dão-me a ideia que são ortografia contemporânea e não de 1856. Não seria que se escrevia "Thobias" em vez de Tobias?
Já estou nos EUA há 40 anos, mas, se me clarificar, agradecia muito.
Obrigado.
A época das grafias analyse, therapeutico e annos
Agradecia saber a que época da língua portuguesa pertencem as seguintes palavras: analyse, therapeutico, annos.
Desde já, agradecido.
A evolução fonética da palavra água
Eu tenho uma dúvida relativamente à evolução fonética da palavra água: Aquam > Aqua > Água. A minha dúvida é a seguinte: a substituição do q pelo g pode considerar-se uma sonorização? Se não, quais são então todos os fenómenos fonéticos presentes em Aquam > Aqua > Água?
Obrigada.
A fonética a adoptar por um grupo de música medieval e renascentista
Pertenço a grupo musical que se dedica exclusivamente à música medieval e renascentista. Sendo eu a cantora, deparo-me constantemente com problemas no campo da fonética.
De entre o nosso reportório, posso destacar as Cantigas de Santa Maria (Afonso X de Castela) e as Cantigas de D. Dinis (Pergaminho Sharrer), ambas em galaico-português.
Qual a fonética a adoptar é a minha constante dúvida.
Devemos optar por uma leitura mais próxima do latim, do galego, ou do português?
Existe algum estudo especificamente sobre isso?
Quem posso contactar?
Desde já o meu agradecimento pela atenção dispensada.
A grafia de Lousal (Grândola, Portugal)
"Louzal" [em Grândola] escreveu-se durante a primeira metade do século XX com Z. A partir de 1946/1947 passou-se a escrever com S. Qual é a razão da mudança da ortografia. Qual é hoje a forma correcta de escrever, ou admite-se as duas notações?
O superlativo absoluto sintético de faladora
Qual o superlativo absoluto sintético do adjectivo faladora?
Bisavô
Bisavô é uma palavra derivada por prefixação, ou uma palavra composta por aglutinação?
