DÚVIDAS

A fonética a adoptar por um grupo de música medieval e renascentista
Pertenço a grupo musical que se dedica exclusivamente à música medieval e renascentista. Sendo eu a cantora, deparo-me constantemente com problemas no campo da fonética. De entre o nosso reportório, posso destacar as Cantigas de Santa Maria (Afonso X de Castela) e as Cantigas de D. Dinis (Pergaminho Sharrer), ambas em galaico-português. Qual a fonética a adoptar é a minha constante dúvida. Devemos optar por uma leitura mais próxima do latim, do galego, ou do português? Existe algum estudo especificamente sobre isso? Quem posso contactar? Desde já o meu agradecimento pela atenção dispensada.
Sobre as palavras terminadas em -ão
Tenho sempre ouvido dizerem que o -ão em final absoluto é uma exclusividade da nossa língua. Nos outros idiomas existiria apenas -on no final das palavras. Como sei que freqüentemente há lendas em torno desse ou daquele elemento do nosso idioma, resolvi apelar mais uma vez ao Ciberdúvidas, essa fonte inesgotável de sabedoria, indagando-lhe se é verdade essa afirmação de muitos acima registrada. Parece-me que não foi apenas -on a terminação que se transformou em -ão, mas houve outras que também tiveram o mesmo destino. Quais teriam sido elas? Quando exatamente tal terminação surgiu em nosso idioma? Creio que deve ter sido primeiramente na linguagem oral. Engano-me? A princípio, a terminação era escrita como hoje, ou era grafada apenas com -am? Havia ainda outras formas mais de escrevê-la? A atual forma, -ão, apareceu quando? Meus amigos consultores, mais uma vez vos digo: muitíssimo obrigado por tudo.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa