DÚVIDAS

Sobre as palavras terminadas em -ão
Tenho sempre ouvido dizerem que o -ão em final absoluto é uma exclusividade da nossa língua. Nos outros idiomas existiria apenas -on no final das palavras. Como sei que freqüentemente há lendas em torno desse ou daquele elemento do nosso idioma, resolvi apelar mais uma vez ao Ciberdúvidas, essa fonte inesgotável de sabedoria, indagando-lhe se é verdade essa afirmação de muitos acima registrada. Parece-me que não foi apenas -on a terminação que se transformou em -ão, mas houve outras que também tiveram o mesmo destino. Quais teriam sido elas? Quando exatamente tal terminação surgiu em nosso idioma? Creio que deve ter sido primeiramente na linguagem oral. Engano-me? A princípio, a terminação era escrita como hoje, ou era grafada apenas com -am? Havia ainda outras formas mais de escrevê-la? A atual forma, -ão, apareceu quando? Meus amigos consultores, mais uma vez vos digo: muitíssimo obrigado por tudo.
Análise morfológica e classificação morfológica
Fazer a análise morfológica de uma palavra é o mesmo que fazer a sua classificação morfológica? E é o mesmo que incluí-la numa classe de palavras? Para melhor entender, pergunto: quando faço uma análise morfológica, por exemplo, da palavra astrografia? Quando digo que é um substantivo feminino, ou quando digo que provém do elemento astro-, mais o elemento -grafi-, + -ia? Se é que alguma constitui uma análise morfológica. Grato.
As diferenças na pronúncia medieval em relação ao português moderno
Gostaria de saber quais as diferenças genéricas na pronúncia de um texto de uma cantiga de amigo para o português moderno. A cantiga em questão apareceu-me musicada pelo compositor Frederico de Freitas e chama-se Ay Deus val. Se a resposta for muito extensa e, consequentemente, difícil de obter aqui, a quem ou a que entidade me poderei dirigir para receber esta informação? Já tenho cantado muitas obras desta época e verifico que a pronúncia é feita de mil e uma maneiras diferentes de acordo com a vontade do director artístico do projecto, mas não segundo regras ou fundamentos válidos. Grata pela atenção.
A diferença entre uma consoante fricativa e uma africada
Gostaria, primeiramente, de agradecer ao professor Carlos Rocha que tão gentilmente respondeu a minha pergunta que recebeu o título de “Africadas, fricativas e galego-português”. Entretanto, tomo a liberdade de pedir alguns esclarecimentos, sobre aspectos que, ainda, não pude compreender perfeitamente, esperando que não seja incómoda a minha nova pergunta sobre assunto que, anteriormente, já abordara: I) Qual é a diferença de uma consoante fricativa e uma africada? II) No galego-português medieval havia somente os seguintes sons: [ts], [s], [dz] e [z], sendo excluído os sons apicoalveolares? III) As palavras atualmente escritas em português com "s-", "-s-" "-ss-",como "sapato", "casa","passo", eram outrora pronunciadas como, atualmente, pronuncia-se o "z" na pronúncia do espanhol de Madri, ou seja [ө]? Desde já muito agradeço a tão gentil atenção a mim concedida.
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