Não é possível indicar datas precisas, porque as fontes consultadas (Dicionário Houaiss, Dicionário Etimológico e Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, Dicionário Etimológico Nova Fronteira, de António Geraldo da Cunha, e Corpus do Português, de Michael J. Ferreira e Mark Davies) apenas permitem estimar o período em que a palavra foi introduzida ou identificar a data do documento mais antigo (numa colecção de textos, isto é, num corpus) em que ela ocorre. Por outras palavras, é sempre possível que o uso da palavra a datar seja anterior ao seu registo nas fontes disponíveis ou que o seu uso só se tenha generalizado mais tarde, apesar de algumas ocorrências esporádicas em períodos precedentes. Mesmo assim, proponham-se as seguintes datações:1
Quiromancia
A atestação mais antiga será de finais do século XVII (em D. Luís Xavier de Meneses, Portugal Restaurado, vol. I, 1679; vol. II, 1698; cf. Dicionário Houaiss).
Ortodontia
Termo da odontologia que terá aparecido no século XX (cf. Dicionário Etimológico, de António Geraldo da Cunha), embora não se consiga precisar o ano ou a década. De notar, porém, que, na segunda metade do referido século, a palavra já vinha sendo registada em dicionários gerais, como o Grande Dicionário de Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.
1 Em vez de «data de aparecimento», quando se fala da história de uma palavra, é mais adequado falar em datação, termo usado em lexicologia: «indicação da data (milênio, século, meio século, quartel do século, década, lustro, e até, em casos especiais, dia/mês/ano) em que uma palavra (afixo, raiz, locução, acepção etc.) aparece pela primeira vez documentada por escrito. [A datação pode, não raro, ser aproximativa (baseada em elementos cognatos ou induzida por datação em língua afim), caso em que é provisória, para ser posteriormente antecipada, confirmada ou postergada por provas documentais.]» (Dicionário Houaiss)