O Acordo Ortográfico, em vigor, prescreve assim:
«O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano.» (Base II – Do h inicial e final, 3.º).
Todavia, há um adjetivo, sem hífen, nas mesmas condições acima, como aistórico (datado, segundo Houaiss, de 1930). Aliás, o próprio Houaiss informa que aistórico, menos corrente e mais usado que anistórico, refere-se a uma forma «neológica controversa; propõe-se como forma alternativa anistórico, vocábulo calcado no pressuposto de que o a- privativo grego toma a forma an- antes de vogal, o que é verdade quando não se trata de vogal aspirada — precisamente o caso de histórico, do gr. historikós».
O Acordo não acolheria aistórico por ser uma forma neológica?
Como lidar com esta situação em sala de aula, especialmente na formação de professores de língua materna?
Como os senhores avaliam o acordo quanto à dupla grafia de palavras como, por exemplo, puré, purê, adoção, por empréstimo, do francês purée? Parece-me que o que ampara a existência da dupla grafia é o respeito à fala regional, diatópica.
No caso do Brasil, que no seu regionalismo linguístico registra, também, em dicionário, a palavra pirê, sob provável cruzamento com pirão, do tupi, como lidaríamos com uma tripla grafia em sala de aula ou em formação de professores da língua portuguesa?
O Acordo não desrespeitaria, no tocante às prescrições da dupla grafia, à variação regional interna dos países ao fixar unicamente as duas formas puré e purê?
E do ponto de vista cultural isso não é ruim para o Brasil e também para Portugal?
Um abraço cearense.
Agora que as letras k, w e y fazem parte de nosso alfabeto, gostaria de saber como devo ensinar meus alunos:
«O alfabeto é formado por 26 letras, sendo 5 vogais, que são a, e, i, o, u e 21 consoantes, que são b, c, d... x, y e z.»
Ou seja, considero o y vogal, ou consoante?
Estou a trabalhar num dicionário bilingue, já respeitando o novo Acordo Ort. Os hífenes têm sido uma enorme dor de cabeça. Em relação a pé de chinelo, devemos ou não usar o hífen? É que sendo uma expressão nova, a questão do uso não se impõe... ou estou enganada? Obrigada pela vossa ajuda preciosa. Não há um dia que não passe pelo vosso site!
A locução dona de casa deve ser escrita com ou sem hífen? O Dicionário Eletrônico Aurélio e o Dicionário Eletrônico Houaiss registam essa locução, respectivamente, com e sem hífen. Por quê?
Gostaria de saber qual a vossa opinião relativamente à inclusão das palavras coerdeiro e coerdar, no VOLP brasileiro, em substituição de co-herdeiro e co-herdar.
E, já agora, se o h é eliminado em palavras como húmido, em Portugal, por que motivo se mantém em handebol, no Brasil?
O certo é "pré-contratação", ou "précontratação", sem o hífen, de acordo com as novas regras de ortografia?
Gostarei de saber como fica, pelo acordo ortográfico vigente a partir de 1/1/2009, a grafia das palavras "sócio-educativa", "não-diretiva" e "anti-liberdade".
Agradeço a atenção que dispensarem à minha solicitação.
Gostaria de saber se no novo acordo ortográfico a palavra tão-somente perderá o hífen.
Obrigada.
Com o acordo ortográfico, como devo escrever: "contra-razões", ou "contrarrazões"?
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