Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Acordo Ortográfico
Vicente Martins Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú Sobral, Ceará, Brasil 7K

O Acordo Ortográfico, em vigor, prescreve assim:

«O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano.» (Base II – Do h inicial e final, 3.º).

Todavia, há um adjetivo, sem hífen, nas mesmas condições acima, como aistórico (datado, segundo Houaiss, de 1930). Aliás, o próprio Houaiss informa que aistórico, menos corrente e mais usado que anistórico, refere-se a uma forma «neológica controversa; propõe-se como forma alternativa anistórico, vocábulo calcado no pressuposto de que o a- privativo grego toma a forma an- antes de vogal, o que é verdade quando não se trata de vogal aspirada — precisamente o caso de histórico, do gr. historikós».

O Acordo não acolheria aistórico por ser uma forma neológica?

Como lidar com esta situação em sala de aula, especialmente na formação de professores de língua materna?

Vicente Martins Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú Sobral, Brasil 14K

Como os senhores avaliam o acordo quanto à dupla grafia de palavras como, por exemplo, puré, purê, adoção, por empréstimo, do francês purée? Parece-me que o que ampara a existência da dupla grafia é o respeito à fala regional, diatópica.

No caso do Brasil, que no seu regionalismo linguístico registra, também, em dicionário, a palavra pirê, sob provável cruzamento com pirão, do tupi, como lidaríamos com uma tripla grafia em sala de aula ou em formação de professores da língua portuguesa?

O Acordo não desrespeitaria, no tocante às prescrições da dupla grafia, à variação regional interna dos países ao fixar unicamente as duas formas puré e purê?

E do ponto de vista cultural isso não é ruim para o Brasil e também para Portugal?

Um abraço cearense.

Valéria F. Souza Professora Rio de Janeiro, Brasil 59K

Agora que as letras k, w e y fazem parte de nosso alfabeto, gostaria de saber como devo ensinar meus alunos:

«O alfabeto é formado por 26 letras, sendo 5 vogais, que são a, e, i, o, u e 21 consoantes, que são b, c, d... x, y e z.»

Ou seja, considero o y vogal, ou consoante?

Vanda Meneses Santos Professora Lisboa, Portugal 10K

Estou a trabalhar num dicionário bilingue, já respeitando o novo Acordo Ort. Os hífenes têm sido uma enorme dor de cabeça. Em relação a pé de chinelo, devemos ou não usar o hífen? É que sendo uma expressão nova, a questão do uso não se impõe... ou estou enganada? Obrigada pela vossa ajuda preciosa. Não há um dia que não passe pelo vosso site!

Alexandre Araújo Revisor/tradutor Vargem Grande Paulista, Brasil 6K

A locução dona de casa deve ser escrita com ou sem hífen? O Dicionário Eletrônico Aurélio e o Dicionário Eletrônico Houaiss registam essa locução, respectivamente, com e sem hífen. Por quê?

José Timóteo Aposentado Olinda, Brasil 7K

Gostaria de saber qual a vossa opinião relativamente à inclusão das palavras coerdeiro e coerdar, no VOLP brasileiro, em substituição de co-herdeiro e co-herdar.

E, já agora, se o h é eliminado em palavras como húmido, em Portugal, por que motivo se mantém em handebol, no Brasil?

Luciana Costa Advogada Recife, Brasil 9K

O certo é "pré-contratação", ou "précontratação", sem o hífen, de acordo com as novas regras de ortografia?

Sérgio Campos Professor Ribeirão Preto, Brasil 6K

Gostarei de saber como fica, pelo acordo ortográfico vigente a partir de 1/1/2009, a grafia das palavras "sócio-educativa", "não-diretiva" e "anti-liberdade".

Agradeço a atenção que dispensarem à minha solicitação.

Ludmilla Galvão Servidora pública Brasília, Brasil 12K

Gostaria de saber se no novo acordo ortográfico a palavra tão-somente perderá o hífen.

Obrigada.

Jaime de Souza Jr. Advogado Novo Hamburgo, Brasil 12K

Com o acordo ortográfico, como devo escrever: "contra-razões", ou "contrarrazões"?