Para além do Dicionário Houaiss, também o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa), o Dicionário Prático de Locuções e Expressões Correntes (Papiro Editora), registam dona de casa. O livro Uso do Hífen, de Eduardo Martins (Ed. Manole) apresenta igualmente dona de casa.
Vamos ver o que dizem os vários acordos:
Acordo Ortográfico de 1990 (actualmente em vigor no Brasil):
«Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).»
Acordo Ortográfico de 1945:
«Estão assim [as locuções onomásticas] em condições iguais às de todas as locuções do vocabulário comum, as quais, a não ser que algum dos seus componentes tenha hífen (ao deus-dará, à queima-roupa, etc.), inteiramente dispensam este sinal.»
Acordo Ortográfico de 1943:
«Como as locuções não têm unidade de sentido, os seus elementos não devem ser unidos por hífen, seja qual for a categoria gramatical a que elas pertençam.»
Da leitura dos excertos acima é lícito ponderar que os lexicógrafos do Dicionário Aurélio tenham considerado esta forma como uma palavra composta e não como uma locução.