Se uma palavra importada (empréstimo), como é o caso de timer – literalmente, «marcador de tempo» –, ocorre frequentemente no discurso em língua portuguesa, então é porque ela, de alguma maneira, está em processo de integração.
De facto, assim parece, pelo menos, no que respeita à variedade brasileira, conforme sugerem os registos existentes no Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa e no Dicionário Houaiss, no qual timer figura em itálico como indicação de estrangeirismo e definido como «dispositivo visual ou sonoro que sinaliza o final de um período preestabelecido de tempo».
Em alternativa, contam-se formas vernáculas, de acordo com os padrões do português, como o termo temporizador, que se recomenda, pelo menos, quando se trata de referir um «dispositivo automático programável que ativa ou desativa um aparelho no momento estabelecido» (cf. Infopédia; ver também Priberam). Trata-se, portanto, de um termo adequado como equivalente de timer, quando este anglicismo designa um «dispositivo regulador da ignição» (dicionário inglês-português da Infopédia). Outras soluções vernáculas possíveis são cronómetro e contador (de tempo) – cf. Linguee.