O facto de estarmos em presença de uma frase com um verbo copulativo1 – está – implica a ocorrência do sujeito e do predicativo do sujeito, «função sintática desempenhada pelo constituinte […] que predica algo acerca do sujeito» (Dicionário Terminológico), atribuindo-lhe uma propriedade/ caraterística (ex.: «O João é simpático») ou uma localização temporal (ex.: «O João está hoje connosco») ou espacial (ex.: «O João está aqui/em Lisboa/na escola»), contribuindo para a identificação do sujeito.
Por isso, o predicativo do sujeito pode ser um grupo nominal (ex.: «O João é [professor de Matemática]»), um grupo adjectival (ex.: «O João está muito cansado»), um grupo preposicional (ex.: «O João está no colégio») ou um grupo adverbial (ex.: «O João está aqui» (idem).
Importa referir, também, que o próprio Dicionário Terminológico nos esclarece que «é possível constatar que expressões com valor locativo selecionadas por verbos copulativos desempenham a função de predicativo do sujeito, porque podem ser coordenadas com outros constituintes com a mesma função, independentemente do seu valor: O João está [em Paris e muito doente]».
1São considerados verbos copulativos os seguintes:« ser (i), estar (ii), ficar (iii), parecer (como em "parecer doente"), permanecer, continuar [(iv)- como em "continuar calado"], tornar-se e revelar-se. Exemplos:
(i) A Teresa está doente.
(ii) A Ana é veterinária.
(iii) A Margarida ficou calada.
(iv) A Margarida continua em Lisboa.» (DT)