As conjunções subordinativas causais iniciam uma oração subordinada denotadora de causa.
São várias: porque. pois, porquanto, como (= porque), pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, que, etc.
Exemplos:
«As crianças veem muita televisão, porque os adultos não conversam com elas.»
«Como os adultos não conversam com elas, as crianças veem muita televisão.»
Assim, no período composto apresentado, «porque» introduz uma oração subordinada adverbial causal, sendo uma conjunção subordinativa causal: a causa da não ida à praia é a poluição do mar. (= «Como o mar está poluído, não iremos à praia»)
No entanto, casos há em que porque pode adquirir um valor explicativo e, portanto, ser uma conjunção coordenativa (consulte aqui e aqui).
As conjunções coordenativas explicativas ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia da primeira. São várias: que, pois, porque, porquanto. Normalmente este porque vem antecedido de verbo no imperativo:
«Compra o casaco, porque está frio.»
«Não comas isso, que (= porque) não presta.»
Enquanto a causal, em geral, sugere "estar na origem de", a explicativa implicita "deduz-se de".
Nota: a subordinativa causal pois pode ser substituída por porque, por causa de: «A Marta comprou uma casa nova, pois tem dinheiro.» A causa da ação referida na oração principal (comprar a casa nova) foi ter dinheiro.
A coordenativa explicativa pois não pode ser substituída por porque, por causa de: «∗A Marta tem dinheiro, porque comprou uma casa nova». A compra da casa nova é explicada, deduzida, pelo facto de ter dinheiro.
Fontes: Gramática de Português, Vasco Moreira et al., Porto Editora + Gramática Prática de Português, M. Olga Azevedo et al., Raiz Editora + Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra