As duas opções são aceitáveis, sendo que a diferença entre ambas poderá ser mínima.
As orações gerundivas podem ter um sujeito nulo (i.e., não expresso) quando o seu sujeito coincide com o da oração subordinante:
(1) «Chegando a casa, o João vai estudar.» (= O João chega a casa)
Esse sujeito poderá ser o próprio interlocutor a que se dirige o discurso:
(2) «Fazendo este trabalho, terás sucesso.» (=tu fazes este trabalho)
Neste e noutros casos, é também possível optar por uma construção de se impessoal, que permite atribuir à frase um grau de indeterminação associado ao facto de não se identificar o sujeito do verbo. É o que acontece em (3):
(3) «Descobriu-se a verdade sobre o caso.» (=alguém descobriu)
As situações descritas em (2) e (3) podem aplicar-se à frase apresentada pelo consulente:
(4) «O hiperespaço criado por Star Wars é uma dimensão alternativa que só pode ser alcançada viajando na velocidade da luz.»
(5) «O hiperespaço criado por Star Wars é uma dimensão alternativa que só pode ser alcançada viajando-se na velocidade da luz.»
Em (4), o sujeito do verbo no gerúndio pode estar presente no contexto (em frases anteriores) ou pode corresponder ao interlocutor (tu / você). Em (5), a construção de se impessoal determina uma valor de indefinição relativamente ao agente de viajar. Ora, se na frase (4) também não for possível identificar o sujeito do verbo no gerúndio, equivalendo este a alguém, o mesmo valor de indeterminação será ativado, o que leva a que as frases (4) e (5) tenham valores muito próximos.
Disponha sempre!