O Dicionário Terminológico define oração substantiva completiva como a que é sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser introduzida pelas conjunções subordinativas completivas que, se e para.
A Gramática da Língua Portuguesa, de M.ª Helena Mira Mateus e outros, na sua parte IV, ponto 15 (Editorial Caminho, 2003, p. 593 e seguintes), refere que estamos perante uma frase subordinada substantiva completiva quando a oração subordinada constitui um argumento obrigatório de um dos núcleos lexicais da subordinante.
Atendendo à bibliografia consultada, parece-nos que, na frase dada como exemplo pela consulente, «Soube como resolver o problema», a oração subordinada («como resolver o problema») se constitui como argumento de «Soube», completando-lhe o sentido, pelo que poderá ser uma oração substantiva completiva. Aliás, é possível aplicar, nesta frase, a regra definida na página 608 da gramática supracitada: «As frases completivas com a relação gramatical de objeto direto são sempre seleccionadas por verbos e podem ser substituídas por um pronome demonstrativo invariável (como isto, isso), em posição pós-verbal, e pelo pronome demonstrativo átono invariável o.»
Assim, na frase em análise, a oração subordinada desempenha a função sintática de complemento direto, podendo ser substituída pelos pronomes correspondentes:
«Soube como resolver o problema.»
«Soube isso.»
«Soube-o.»