O pronome o usa-se para referir um predicativo do sujeito ou uma oração. Nesse caso, tem valor demonstrativo:
(1) «A Joana era feliz e foi-o durante muito tempo.»
(2) «A Joana disse que se demitia e fê-lo logo a seguir.»
Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, p. 340) observam que «[...] no singular masculino, [o] equivale a "isto", "isso", "aquilo", e exerce as funções de objeto direto ou de predicativo, referindo-se a substantivo, a um adjetivo, ao sentido geral de uma frase ou de um termo dela: "O valor de uma desilusão, sabia-o ela" (Miguel Torga [...]); "não cuides que não era sincero, era-o" (Machado de Assis [...]); [...] "Ser feliz é o que importa/ Não importa como o ser!" (Fernando Pessoa [...]).»