As duas possibilidades são aceitáveis. Veiculam, contudo, significados ligeiramente distintos.
A opção pelo pretérito perfeito, na forma foram, serve para descrever uma situação passada que já está concluída, fechada. O uso do pretérito imperfeito permite descrever uma situação perspetivada num tempo passado alargado. A situação é descrita no seu decurso e não se sabe se foi concluída.
Assim, a opção por um destes dois tempos verbais prender-se-á com a intenção do locutor: pretende descrever um situação dada concluída? Ou pretende colocar a tónica do processo de procura das ideias? Em função disso, selecionará respetivamente o pretérito perfeito ou o pretérito imperfeito.
Não obstante, verifica-se um problema na qualidade da frase, pois a opção pelo pretérito perfeito levaria, a adotar a construção proposta pelo consulente, à repetição da mesma forma verbal, o que torna a frase pouco elegante:
(1) «[…] foram todas aquelas que foram […]»
Convém então acrescentar que a construção proposta é um pouco pesada porque inclui muitos verbos. A eliminação de algumas das formas verbais poderá melhorar a construção frásica. Fica uma sugestão:
(2) «Em 10 anos tivemos muitas ideias más: todas aquelas que eram/foram necessárias para encontrar as boas.»
Também é possível eliminar as formas verbais e a oração relativa, o que tornará a frase mais simples e mais elegante para o ouvido:
(3) «Em 10 anos tivemos muitas ideias más: (todas) as necessárias para encontrar as boas.»
Disponha sempre!