As duas opções são aceitáveis: abraçar e abraçarem.
A regra geral para o uso do infinitivo pessoal (ou seja, infinitivo flexionado) é a seguinte:
− emprega-se o infinitivo pessoal ou flexionado quando este tem um sujeito próprio, diferente do verbo da oração da qual depende ou na qual se integra, como acontece em (1), onde se destacam os sujeitos de cada verbo (no caso da subordinada, «os alunos» funciona como sujeito semântico):
(1) «Eu convidei os alunos a concluírem o exercício.»
Não obstante, no caso das orações infinitivas, há casos particulares a ter em consideração. Um deles é o caso de verbos que selecionam um sujeito, uma oração infinitiva completiva regido pela preposição a e um complemento direto, como acontece com o verbo convidar em (2):
(2) «Ele convidou os amigos a vir a sua casa.»
Ora, no caso destes verbos, é aceitável tanto não flexionar o verbo no infinitivo, como em (2), como optar pela sua flexão, como em (3):
(3) «Ele convidou os amigos a virem a sua casa.»
Neste caso, o verbo vir tem um sujeito nulo (não expresso), mas este assume como referente o sintagma «os amigos», que é complemento direto de convidar1.
O mesmo sucede no segmento «o que levou os professores a abraçar(em) o projeto», no qual é possível optar por uma oração completiva infinitiva não finita (que não flexiona) ou infinitiva finita (que flexiona, concordando esta última com o sintagma «os professores»).
Disponha sempre!
1. Cf. Barbosa e Raposo in Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 1944-1945.