Da janela do meu mundinho lancei um olhar pelo Google, fiz uma pesquisa avançada com as frases em causa e verifiquei que:
a) Onde vais? ocorre em 78 900 endereços;
b) Aonde vais? ocorre em 11 200 endereços;
c) Onde estás? ocorre em 258 000 endereços;
d) Aonde estás? ocorre em 557 endereços.
Não vejo de que forma estes resultados contrariam o que afirmo na frase que cita, nem a tendência para preferir, genericamente onde a aonde. Por outro lado, comparando a alínea a) com a d) obtém-se uma resposta desprovida, espero, de qualquer snobismo, ou elitismo, que contraria o pensamento pacífico enunciado no último parágrafo do seu texto, segundo o qual há mais gente a dizer «Aonde estás?» do que «Onde vais?».
Saliento ainda que não é, nunca foi, minha intenção fazer norma. Gosto de assinalar, isso sim – sempre que delas me apercebo – tendências. E esta que aponta para a prevalência de onde em detrimento de aonde não é nova, como se pode ver na página 351 da Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Cunha e Cintra, 1.ª ed, 1984.