Comece-se por referir que a frase «Mergulho, há» configura uma construção de topicalização, isto é, estamos perante uma frase cujos constituintes não estão na sua posição recorrente – sujeito-verbo-complementos –, mas há, sim, na mesma uma deslocação do complemento direto, encontrando-se este antes do verbo haver. Nestes casos, não há muitas fontes que validem a obrigatoriedade do uso de vírgula entre o complemento direto e o predicado.
Contudo, a Gramática do Português da Fundação Calouste Gulbenkian (2013, p. 404, nota 6) refere que «o estatuto periférico destas posições é assinalado na escrita através de uma vírgula ou, em certos casos, de reticências; na oralidade, as expressões que ocupam estas posições apresentam-se sempre demarcadas entoacional ou ritmicamente do resto frase». Conclui-se, assim, que o uso da vírgula no exemplo apresentado é correto e obrigatório.