Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Pedro Barreira Tradutor de Ubuntu Linux Lisboa, Portugal 75K

A directa assimilação de palavras estrangeiras, adaptadas à grafia ou à fonética, não é novidade em Portugal.

É de estranhar que os léxicos portugueses incluam uma "corrupção" fonética do termo inglês media (em inglês diz-se "mídia") que é usado em diversos contextos com significados diferentes:

— meios de comunicação social, suportes de dados, formatos de ficheiros áudio e vídeo.

Das novas palavras relativas à ciência computacional já inseridas nos dicionários e que por não terem correspondências ou homónimos foram adaptadas ao novos significados: clique/clicar (click), disquete (diskette), formato/formatar (format), etc.

Ser contra estes estrangeirismos é no mínimo bacoco, pois o vocabulário provém do inglês e contra isso não há nada a fazer, excepto evitar as divergências entre original, o significado e a sua tradução.

Dada a troca de sons, do inglês para português, o e inglês diz-se "i", devia-se neste caso particular de media adoptar a fonética em detrimento da grafia. Ou seja "mídia".

O principal problema é que as crianças e os jovens que se deparam com a palavra media ou média ambas com significados muito diferentes da palavra original em inglês. Se por um lado media é um tempo do verbo medir («eu/ele media»), média é o «quociente da divisão de uma soma pelo número das parcelas».

A minha pergunta é: como é que se pode "oficializar" um "erro de dicção de uma palavra inglesa" em dicionários respeitáveis, perpetuando assim esse erro, e afectando de sobremaneira a credibilidade dos responsáveis desses dicionários que aparentemente não sabem falar inglês?

Valter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 11K

Apesar de ser um tema recorrente, gostaria da opinião objetiva dos consultores sobre a seguinte afirmação encontrada em outra gramática: «Se o infinitivo é complemento de verbo, adjetivo ou substantivo, não devemos flexionar», na qual apresenta os seguintes exemplos:

a) «Ele sempre proíbe os empregados de sair no horário»;

b) «Não estamos dispostos a desistir tão facilmente».

Se considerarmos que em a) o sujeito do verbo «proíbe» é «ele», e o do verbo «sair» é «os empregados», não seria correto flexionar o infinitivo sair? Ou o correto é mesmo não o flexionar, e analisá-lo como integrante da sequência «proíbe de sair». Com relação ao exemplo b), usando o mesmo raciocínio de se identificar o sujeito, percebe-se claramente que só há um, que se encontra subentendido («nós»). Ou aqui cabe a análise de que o infinitivo é complemento do adjetivo «dispostos»?

Diana Pereira Account Espinho, Portugal 6K

Qual a forma correcta de escrever a seguinte palavra no português de Portugal: "vectorizar", ou "vetorizar"?

Obrigada.

Nadim Thome Engenheiro São Paulo, Brasil 17K

Temos usado a palavra inglesa master para qualificarmos, em português, atletas de idade mais avançada. Como a usaríamos no plural: "masters", ou "másteres"?

Sayonara Noca Professora Juazeiro do Norte, Brasil 13K

Examinando a frase «é justo dizer que a parceria entre escola e família é fundamental», nesse contexto o substantivo parceria não aceita a preposição entre por se caracterizar um pleonasmo? Seria diferente se acrescentasse o verbo firmar: «é justo dizer que a parceria firmada entre escola e família é fundamental»? Nesse caso, então, a preposição seria regida pelo verbo firmar?

Carlos Pinto Geólogo Braga, Portugal 3K

Após pesquisar no site, já percebi que o correcto é optar por hidrorreativo(a) em detrimento de "hidro-reactivo(a)" (que reage com água). Agora pergunto se será correto aplicar o prefixo aqua-, e qual será preferível "aquarreativo(a)", ou "aqua-reativo(a)"?

Agradeço desde já as possíveis respostas.

Eduarda Monteiro Garcia Estudante Florianópolis, Brasil 4K

Gostaria de saber a origem da palavra colecta (ou coleta) e seu significado.

Obrigada.

António Fula Funcionário público Lisboa, Portugal 5K

Estou a estudar o conceito de discriminação etária e deparo-me com várias palavras para descrever o conceito, sem no entanto perceber qual a mais correcta. Termos como "etaísmo", "edaísmo" e "etarismo" surgem para traduzir o termo inglês ageism. Qual é o termo mais correcto? Desde já agradeço a vossa atenção, ficando a aguardar um vosso contacto.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 5K

Para nós, lusoparlantes do mundo todo, é mais comum referir-se aos adeptos do jainismo como jainistas. Ao menos no Brasil, esta é a designação corrente, sendo que apenas o dicionário Aulete Digital consigna, além de jainista, jaina. Então, pergunto-vos se esta última palavra é mesmo legítima no nosso idioma. Não seria mais uma influência do inglês na nossa língua? Pois, ao que parece, em sânscrito, uma das línguas da Índia, país onde nasceu essa religião, existe a palavra jaina para designar os seus afiliados, daí o vocábulo migrou para o inglês, e, deste, para o português.

Em Portugal, faz-se uso de jaina?

Com a palavra o sítio mais inerrante da Web.

Agradecidíssimo.

Kátia Magalhães Controladora de documentos Sines, Portugal 10K

Deparo-me com a seguinte dúvida: como se coloca por extenso um valor negativo?

Exemplo - 1 200,00€: «mil e duzentos euros negativos», ou «valor negativo de mil e duzentos euros» ou «menos mil e duzentos euros».

Muito obrigada.