Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Cidália da Silva Gutiérrez Estudante Madrid, Espanha 69K

Posso dizer «Moro no 10.º andar e os meus pais por baixo/por debaixo»? As duas expressões significam em lugar situado em nível inferior? Em que sentido estas expressões podem não ser semelhantes? Rogo-lhes alguns exemplos que tratem das semelhanças e diferenças que elas possam ter.

Sinto que eu ainda não tenha sido capaz de entender este tema.

Evidentemente agradeço imenso a ajuda e a paciência que nos têm dispensado!

Filipe Santos Magalhães Médico Itaperuna, Brasil 7K

Gostaria de saber qual é a pronúncia correta de hanseníase. Sei que quando falamos o nome bacilo de Hansen, em Hansen temos de falar com som de R, "Ransen", por ser nome próprio e de outro idioma. Em português, vejo que todos, inclusive na televisão, falam "Ranseníase", mas na palavra em português, aprendi que não falamos o H, então seria "ânseníase"... Está correto?

Sandrina Almeida Administrativa Águeda, Portugal 6K

Qual é a regra gramatical que faz com que se retire o r em «eles devem adaptá-las» e não em «eles devem adaptar-se» (sei que o mais correcto seria eles devem se adaptar, mas adaptar-se também se aplica, não?)

Tanto o «adaptá-las» como o «adaptar-se» são infinitivo... Qual é a regra?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 54K

Se um homem e uma mulher tiveram três filhos, dos quais dois morreram, só lhes sobrando um vivo, este pode ser chamado de filho único desse homem e dessa mulher, ou filho único aplica-se apenas ao filho unigênito de um casal?

Se um casal tem uma filha, não tendo além dela nenhuma outra filha e também nenhum filho, devemos dizer que esta filha é filho único do casal ou que é filha única? A primeira hipótese fica um tanto estranha, mas desconfio que é a correta; já a segunda se me afigura como uma afirmação de que ela é a única filha do sexo feminino que o casal tem, nada afirmando quanto à existência ou não de filhos homens, mas dando a entender que pode existir pelo menos um deles.

Se uma filha é filho único e nascida em primeiro lugar, deve ser chamada de primogênito, ou primogênita de seus pais? Já se uma filha é o primeiro filho nascido de um casal, tendo depois nascido outras filhas e outros filhos, devemos dizer que esta filha nascida antes dos demais é a primogênita ou o primogênito de seus pais? Exemplificando: «Carla é o filho primogênito de Carlos e Mônica», ou «Carla é a filha primogênita de Carlos e Mônica»?

Ainda se um casal teve somente três filhas e nenhum filho, a primeira filha a nascer deve ser chamada de «filho primogênito», ou «filha primogênita» do casal?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 6K

Devemos chamar de "cassubos" ou "cachubos" o povo não-polaco que habita Gdansk e regiões próximas, na Polônia?

Baseado na vossa resposta, poderei saber se as regiões onde moram será "Cassúbia" ou "Cachúbia"?

Creio que talvez a etimologia do etnônimo deverá dizer-nos a forma correta dele e da região. Na Vicipaedia latina, se diz que é “Cassubia” o nome da região, dando assim de entender que este é o nome da região na época romana. Não sei se o Império Romano chegou até lá, mas, de qualquer maneira, os romanos atribuíam nomes latinos às regiões próximas ao Império, mas que a ele não pertenciam.

Os vossos confiabilíssimos esclarecimentos, por favor.

Obrigadíssimo.

L. Lima Professora C. Rainha, Portugal 61K

Na Gramática Universal da Língua Portuguesa, de António Afonso Borregana, a palavra nem aparece no quadro dos advérbios de negação. Procurei informação em outras gramáticas e encontrei uma grande diversidade de informação. Pergunto:

1. Nem, além de conjunção, também pode ser advérbio de negação? Em que casos?

2. Apenas a palavra não é advérbio de negação, ou também nunca e jamais?

Em Celso Cunha e Lindley Cintra apenas figura não como advérbio de negação...

Obrigada.

Takao Ono Professor Tóquio, Japão 5K

Ficaria muito grato se tivesse a gentileza de me explicar o que significa a frase abaixo destacada. Será que o não de «Isso quando o padrasto, (que...), não revirava todo o barraco, procurando dinheiro»? Podemos tirar este não sem mudar o sentido da frase? Vou citar o texto na qual está a frase em questão. Meus antecipados agradecimentos.

«Duda saiu da padaria assobiando. Duda poderia assobiar com mais entusiasmo ainda, se, naquela manhã gelada de setembro, não estivesse descalço, se sua roupa não fosse tão fininha, se pelo menos pudesse pôr as mãos nos bolsos. Mas elas estavam ocupadas com uma garrafa e o pacote de pãezinhos. Eram seis — um para ele, outro para a mãe, outro para o padrasto, mais um para cada um dos seus famintos irmãozinhos.

Talvez por isso estivesse assobiando. Porque não era toda manhã que o mandavam buscar pão. O que a mãe ganhava fazendo faxina na vizinhança mal dava para o feijão e para o arroz. Isso quando o padrasto, que seria pedreiro se não vivesse bebendo, não revirava todo o barraco, procurando dinheiro

Filipe Fonseca Professor Porto, Portugal 10K

É ou não pleonástico dizer «Formatar o espaçamento entrelinhas»? Parece-me que sim (espaçamento/entrelinhas) se atender ao facto de entrelinha significar «o espaço entre duas linhas».

Rafael Pombo Estudante Rio de Janeiro, Brasil 8K

Minha pergunta já foi feita aqui uma vez antes por um outro consulente, mas permaneço em dúvida a respeito do assunto:

Afinal, quando alguém diz que tem cíumes de outra pessoa, pode ser tanto de um indivíduo cujo lugar você gostaria de tomar (ou seja, uma inveja) quanto um zelo exagerado por alguém que se gosta? Ou apenas um dos dois? Em inglês, se não estou enganado, usa-se a palavra jealous e é sempre referindo-se à pessoa que se inveja, nunca a pessoa que você tem medo de perder. Em português, no entanto, sinto uma tendência maior a se dizer que se tem ciúmes da pessoa pela qual se tem muito zelo (como a música de Roberto Carlos Ciúme de Você)

Afinal, qual seria o mais correto? Ou ambos são aceitáveis?

Pamela Viegas Funcionária pública Macau, China 10K

Eu tenho uma dúvida sobre o uso do verbo «acabar de» para localizar a ocorrência de factos no tempo. Na imprensa aparecem frases como:

a) «Gisele Bündchen acaba de chegar ao Brasil, para curtir o Carnaval.»

b) «PR acaba de chegar à ilha da Madeira.»

c) «Madonna acaba de chegar no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro!»

Se se trocasse «acaba de» por «acabou de», as frases acima teriam o mesmo sentido quanto ao “tempo” de ocorrência dos factos. Qual é a diferença entre o uso do presente e pretérito nestes casos?