Tiro minhas dúvidas nesta página. Estou em São Paulo, Brasil. Nasci no interior do estado de São Paulo, portanto, muitas palavras usadas pelo povo de minha região trazem ainda usos arcaicos, que estão paradas no tempo. Acho essa particularidade fundamental para uma língua.
Parabéns pelos trabalhos.
O vocábulo banco pode ter várias acepções em português. As mais comuns são as que designam uma peça de mobiliário e uma instituição financeira. Mas também temos «banco de urgências», «banco de sangue», «banco de dados». Talvez as duas últimas estejam próximas de banco como instituição financeira, na medida em que se trata, nos três casos, de locais onde se guardam depósitos. Mas como explicar que banco de sentar e banco de depositar tenham a mesma grafia? São palavras homónimas, ou trata-se de uma única palavra polissémica? Penso que uma resposta adequada dependeria de uma análise histórico-etimológica. Por outro lado, não fiquei convencido com uma explicação segundo a qual os antigos cambistas se sentavam em bancos na rua, pelo que a palavra se teria mantido quando passaram a operar dentro de portas. É um simplismo que deixa por explicar, por exemplo, a razão pela qual a palavra banco, na acepção de «instituição financeira», é comum a várias línguas.
Poderão fazer alguma luz sobre o assunto, em especial quanto à origem etimológica do(s) vocábulo(s) e à qualificação do caso como polissemia ou homonímia?
Antecipadamente grato!
Diz-se «vamos mudar de ar», ou «vamos mudar de ares»?
Obrigado.
Qual o significado da palavra "púdicas"?
Em alguns artigos e matérias de jornal, sobretudo relacionados à economia, é comum a utilização da palavra gargalo, como nos exemplos que seguem: «Gargalos da cadeia de inovação em fármacos» e «a questão do câmbio é um gargalo importante que precisa ser analisado...». Gostaria de saber se essa palavra transmite o sentido de «oportunidade» ou sentido de «barreira, entrave», pois já a vi sendo empregada nos dois contextos... e realmente não consegui chegar a uma conclusão sobre qual é o significado correto.
Desde já agradeço!
Em primeiro lugar gostaria de agradecer pelo trabalho que têm vindo a desenvolver nesta página, é de louvar a precisão, a coerência, o conhecimento e empenho que os implicados dedicam às respostas de todos os falantes com dúvidas, como eu.
Há algum tempo que me debato com a dúvida no momento de traduzir a expressão espanhola «hacer/coger el relé», supostamente esta expressão vem do francês relais e utiliza-se muito no mundo da interpretação de cabine. Quer dizer que um intérprete traduz da língua em que é dada a conferência (imaginemos que é o inglês) para o espanhol (por exemplo) e os intérpretes das outras línguas apoiam-se na tradução desta cabine e «cogen el relé» para traduzir às suas respectivas línguas de chegada (no meu caso o português). Já consultei imensos dicionários e não consigo chegar a nenhuma conclusão. Seria possível sugerirem-me alguma expressão/palavra portuguesa que traduza esta situação?
Muito obrigada pela ajuda.
Agradecia explicação do uso da preposição de contraída com o artigo na primeira designação e o emprego da mesma preposição, na sua forma simples, sem o artigo na segunda.
Grato pela vossa atenção.
Será que esta palavra existe com o significado de «capacidade de manusear»? Em caso negativo, qual seria a palavra correcta a usar?
Obrigada.
Gostaria de saber o significado da palavra "palenódia" em Super Flumina de Camões.
Obrigado.
Desejava saber se sempre o relativo que precedido de preposição não leva artigo ou há casos em que sim o leva e como posso explicar esse uso.
Tinha ouvido categorizar no sentido de que o pronome relativo que não se empregava com artigo se precedido de preposição.
Ontem mesmo lia em Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, do Lobo Antunes: «A pedir-lhe que não Marina, repare no que escrevo e o director a segurar-me o braço.»
«Pensei no criado do vizinho, no que ajudava no mercado.»
Obrigada.
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