Na frase «por causa do temporal, choveram reclamações na MEO», considerando que o sujeito é «reclamações», poderemos classificar o verbo «choveram» como defetivo pessoal ou unipessoal? Para mim, seria defetivo pessoal, já que tem sujeito,embora não se conjugue em todas as formas.
Agradeço a explicação.
Na frase «associamos aquela época a um mundo de barbárie», qual é a função sintática de «a um mundo de barbárie»?
Se atentarmos na definição de complemento indireto apresentada na vossa página por Edite Prada:
«[...] o complemento indireto tem, segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara, pág. 42, as seguintes características:
a) «É introduzido pela preposição a ou mais raramente para»;
b) a palavra que o expressa «designa um ser animado ou concebido como tal»;
c) «expressa o significado gramatical de ‘beneficiário’ ou destinatário»;
d) «é comutável pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes» (= a ele/a eles).
Pela descrição de Bechara, podemos concluir que o complemento indireto é um nome antecedido de uma preposição que pode ser a ou para.»
Se procedermos à substituição de «a um mundo de barbárie» por lhe, obtemos a frase: «Associamos-lhe aquela época.». Esta frase suscita-me duas questões. Por um lado parece-me que a sua aceitabilidade é discutível, por outro acho que não preenche a característica enunciada em c). Em síntese, «a um mundo de barbárie» é ou não um complemento indireto?
Agradeço o vosso trabalho.
O plural de enfermeiro-chefe, é "enfermeiros-chefe" ou "enfermeiros-chefes"?
Quando alteramos o género, o número ou o grau de uma palavra (aumentativo, diminutivo), estamos a criar uma nova palavra da mesma família? Já li que ao acrescentarmos o sufixo -inho ou -ito, por exemplo, estaríamos a formar uma nova palavra (derivação), mas também já li o contrário...
Obrigada.
Como escrever corretamente o vocábulo que antes do Acordo Ortográfico de 1990 se grafava mão-de-obra? Uma consulta às fontes que tenho à disposição revela divergência. O Dicionário Priberam e o Ciberdúvidas acolhem apenas mão-de-obra. O dicionário Aulete, o Vocabulário Ortográfico Português e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa acolhem apenas «mão de obra». Como proceder?
Gostaria de saber se se pode definir ditongo como sendo uma sequência de exatamente duas vogais (consecutivas) na mesma sílaba. Em caso negativo, gostaria de conhecer contraexemplos, ou seja, exemplos de palavras com uma sequência de exatamente duas vogais na mesma sílaba, mas que não seja um ditongo. Em caso negativo, gostaria ainda de saber se a sequência oi da palavra depois (de-pois) é um ditongo.
Obrigada.
Na minha Árvore de Costados o apelido aparece grafado em vários séculos como "Brás" (1665, 1712, 1980...) ora como "Bráz" (1773, 1884, 1960...). Em nenhum registo o Bráz aparece sem acento gráfico.
[...] A que se deverá esta alternância em termos de grafia?
«–Vai aceitar os resultados?
– Vou manter-vos em suspense, diz Trump.»
A propósito desta transcrição sobre o terceiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump, em Las Vegas, em 19.10.2016, vi algumas pessoas com dúvida em como pronunciar a palavra suspense. Eu sempre a pronunciei à francesa, mas os meus amigos mais novos estranham tal pronúncia.
Consultei o Google e encontrei estes dois artigos: [...] "A Suspensão do suspense", Língua à Portuguesa, 21/07/2009; [...] "Suspense", Ciberdúvidas, 8/02/2001.
Como a resposta do vosso consultor F. V. Peixoto da Fonseca [...], é muito taxativa, gostaria de ouvir uma nova opinião do Ciberdúvidas sobre este assunto.
Muito obrigado.
O que significa a palavra Ituverava?
Numa tese de doutoramento em Física da atmosfera li as seguintes frases: «À acumulação de evidências observacionais de uma tendência de subida da temperatura média do planeta ...»; «Após a descrição dos dados observacionais usados para validação dos resultados das simulações histórica e de controlo ...»
Temos em comum nas duas frases a palavra "observacionais", que desconheço existir no léxico da língua portuguesa. Pela leitura das frases, parece-me que o seu autor pretende dizer observados ou observáveis. Face à minha dúvida, pergunto se o termo em causa existe ou até se estamos na presença de um neologismo, ou pelo contrário é uma palavra mal formada e inexistente.
Obrigado pelas vossas explicações.
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