Queria saber se, com as novas regras do Acordo Ortográfico quanto ao não uso, já, do hífen nas locuções que têm elementos de ligação, devemos escrever "azuis-e-brancos" – como se pode ver nesta notícia na página da RTP, do dia 15/01 p.p. – ou, agora, «azuis e brancos».
[Na terminologia muito própria do futebol, "azuis-e-brancos" (ou, antes, «azuis e brancos»?), lembremos que se usa para denominar a equipa do Futebol Clube do Porto, cujas camisolas dos jogadores têm essa cor.]
Os meus agradecimentos.
Em relação a uma pergunta referente ao tema acima, datada de 9/5/2014, a professora Sandra Duarte Tavares respondeu o seguinte:
«1) A única estrutura correta é "Vai demorar um pouco para eu ser profissional". O sujeito da oração infinitiva "para eu ser profissional" deve ter o caso nominativo, pelo que só é legítimo o uso do pronome pessoal eu. 2) Uma frase equivalente à anterior seria: "Vai demorar para que eu seja profissional." 3) Não, o sujeito do predicado "vai demorar" é toda a oração completiva "para eu ser profissional": "Isso vai demorar." 4) O uso de para é correto.»
A minha pergunta é: por que o uso de para nessa estrutura frasal com o verbo demorar (e também com o verbo levar) é correta, se sujeito nunca deve vir regido por preposição? Qual é a particularidade que existe aí?
Obrigado.
Com vista à corroboração da conformidade de frases passivas que integrem o verbo mandar com a norma-padrão, proponho a análise sintática de um período de um romance coetâneo, As Viúvas de Dom Rufia, de Carlos de Campaniço: «Uma cadeira foi mandada buscar para a prima Joaquina, (...)».
Por norma, quase todos os verbos transitivos diretos permitem uma formulação ativa e passiva. Contudo, estou em crer que, a despeito da elaboração romanesca, estejamos, provavelmente, perante uma inapropriada identificação, ensaiada pelo narrador, do complemento direto, como se este correspondesse a «cadeira», no lugar de uma oração subordinada substantiva completiva não finita, conforme pode ser ilustrado por uma construção ativa da mesma frase «Ela mandou ir buscar uma cadeira», em que «ir buscar uma cadeira» desempenha a função sintática de complemento direto, podendo ser substituído por isso ou, eventualmente, permutada por uma conjunção subordinativa completiva, procedendo-se, então, às alterações necessárias. Não obstante, não tenho a certeza de que estas cogitações da minha parte sejam completamente consentâneas, pelo que peço o vosso parecer.
Obrigado.
Por que razão [no português de Portugal] camião se lê [kamiˈɐ̃w̃]? Em que, em ca, se diz [ka] (à) – á aberto – e em ladrão se lê [ɐ] (â) – á fechado –, sendo as duas palavras, ladrão e camião palavras agudas? Das duas palavras referidas, apenas ladrão vai ao encontro da regra de que em sílabas átonas se lê [ɐ]. Assim, visto a sílaba tónica ser [dɾɐ̃w̃], a sílaba la, lê-se [lɐ], pois não é uma sílaba tónica. Então, por que razão não ocorre o mesmo na palavra camião em que pronunciamos [kamiˈɐ̃w̃]?
Obrigada.
Em respostas anteriores, diz-se que a regência do verbo «confrontar» é sempre «com». Mas, quando na passiva, não deve ser «pelo»? Por exemplo: «Ele foi confrontado pelo pai» (deveria ser «Ele foi confrontado com o pai»?).
Muito obrigado.
Oiço, com alguma frequência, os comentadores e relatores de desporto, principalmente de futebol, referirem : «este jogador é da "cantera" do clube...» Já vi em muitos dicionários e a palavra, em português, não existe.
O que significa e porque é tantas vezes referida?
Por que motivo linguista não leva acento, e linguística leva?
O substantivo revolta diz-se com o o aberto. Mas se se tratar do adjectivo revolta (como em «águas revoltas») não deveria dizer-se com o o fechado ("revôltas"), apesar de não ter acento circunflexo?
O plural de odre diz-se com o o fechado tal como no singular ("ôdres")?
Qual a forma correcta de dizer:
«O meu filho foi aceite na escola», ou «o meu filho foi aceito na escola»?
É que no Brasil utilizam esta última frase como sendo correcta.
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