Ambos os adjetivos estão no superlativo relativo de superioridade. Se assim não fosse, não faria grande sentido ter a ocorrência «do mundo» associada a «as coisas perfeitas» numa frase simples, no exemplo a seguir (o ? indica que a frase tem problemas de aceitabilidade):
(1) ? Eram as coisas perfeitas do mundo.
Em 1, «as coisas perfeitas» não está no grau superlativo, e, portanto, não tem sentido nela ocorrer «do mundo», a não ser que, com esta expressão, queira fazer-se referência às coisas perfeitas que pertencem ao mundo. Mas o que (1) não diz é que se trata das coisas mais perfeitas que se salientam de outras coisa perfeitas existentes no mundo – não é, portanto, uma construção do superlativo relativo. O que se observa em (1) é que «do mundo» constitui apenas um modificador do nome, tal como «perfeitas».
Sendo assim, na frase em questão – «aqueles textos eram as coisas mais bonitas e perfeitas do mundo» –, «do mundo» completa claramente uma construção de superlativo, inferindo-se que «perfeitas» está coordenado com «bonitas» e que ambos os adjetivos fazem parte da mesma construção de superlativo, sendo modificados pelo advérbio mais.