Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Júnior Lima Dias Estudante de Direito Brumado - BA, Brasil 6K

O verbo provar, no sentido de «experimentar«, é transitivo direto ou indireto? «Eu provo a comida», ou «da comida»?

Obrigado.

Paula Pinto de Almeida Pires Prazeres Professora São Mamede Infesta, Portugal 2K

«Poças de maré» pode ser considerada uma palavra composta?

Maria Sousa Professora Porto, Portugal 3K

Na frase «O João disse onde estava escondido», a oração «onde estava escondido» pode classificar-se como substantiva relativa, mesmo tendo a função de completar a frase neste contexto?

Obrigada.

Stephan Iddino Estudante São Paulo, Brasil 3K

A minha dúvida está relacionada com o uso dos pronomes demonstrativos este e esse. Apesar das numerosas respostas acerca do tema, não fiquei esclarecido. A questão é esta: existem significativas diferenças na língua portuguesa brasileira e na língua portuguesa europeia com relação ao uso dos pronomes demonstrativos este e esse?

A presente dúvida é fruto de uma leitura do Manifesto do Partido Comunista, cuja tradução foi elaborada por uma tradicional editora portuguesa:

«Anda um espectro pela Europa – o espectro do Comunismo. Todos os poderes da velha Europa se aliaram para uma santa caçada a este (1) espectro, o papa e o tzar, Metternich e Guizot, radicais franceses e polícias alemães. Onde está o partido de oposição que não tivesse sido vilipendiado pelos seus adversários no governo como comunista, onde está o partido de oposição que não tivesse arremessado de volta, tanto contra os oposicionistas mais progressistas como contra os seus adversários reacionários, a recriminação estigmatizante do comunismo? Deste (2) facto concluem-se duas coisas. O comunismo já é reconhecido por todos os poderes europeus como um poder. Já é tempo de os comunistas exporem abertamente perante o mundo inteiro o seu modo de ver, os seus objetivos, as suas tendências, e de contraporem à lenda do espectro do comunismo um Manifesto do próprio partido. Com este (3) objetivo reuniram-se em Londres comunistas das mais diversas nacionalidades e delinearam o Manifesto seguinte, que é publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês” (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Editora Avante).

A meu ver, não seria mais adequado:

A) «Esse espectro» em vez de «este espectro (1)», pois o espectro foi apresentado?

B) «Desse facto em vez de deste facto (2)», pois o fato foi apresentado?

C) «Esse objetivo em vez de este objetivo (3)», pois o objetivo foi apresentado?

Agradeço vossa atenção e aproveito a oportunidade para felicitá-los pelo maravilhoso trabalho que realizam!

Maria Cecília de Oliveira Pinto Professora Poço Fundo, Brasil 7K

De acordo com a gramática tradicional, os verbos transitivos diretos e os verbos transitivos diretos e indiretos seriam os únicos a aceitar a transposição da voz ativa para a voz passiva. Portanto, a voz passiva sintética seria formada por um desses verbos mais a partícula apassivadora se. Os demais verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos e verbos de ligação – quando acompanhados do índice de indeterminação do sujeito, também representado pelo pronome se - permaneceriam na 3.ª pessoa do singular já que o sujeito é indeterminado nesse caso.

Gostaria de saber como se classificaria o pronome se na seguinte oração: «De uns tempos para cá, tornaram-se muito atraentes produtos alimentícios, farmacêuticos, bebidas e cigarros, pela facilidade de distribuição que propiciam.»

O verbo «tornaram-se» não seria um verbo de ligação nesse caso? Acompanhado do predicativo «atraentes»? E se assim for, o pronome se não seria índice de indeterminação do sujeito? Entretanto o verbo está no plural e consigo fazer a transposição para a voz passiva analítica¹ e voz ativa²:

¹«Produtos (...) foram tornados muito atraentes pela facilidade de distribuição»

²«A facilidade de distribuição tornou os produtos (...) muito atraentes.»

O verbo tornar-se, por ser pronominal, faria parte de alguma exceção»?

Obrigada!

Cristina Machado Professora Porto, Portugal 10K

Na frase «O filme cujo guião a Ana escreveu foi premiado» (= «A Ana escreveu o guião do filme»), devem ser ou não colocadas vírgulas na oração subordinada? Podemos considerá-la uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva?

Obrigada.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 2K

Relativamente ao verbo apostar, não tenho um exemplo que me confirme a gramaticalidade desta frase:

«Eu aposto COMO consigo dar um salto!»

Aceita-se que o verbo apostar reja a conjunção como?

Alexandra Cunha Estudante Porto, Portugal 58K

Sempre me dei bastante bem com a gramática. Contudo, neste momento, começo a ficar um pouco confusa com algumas funções sintáticas. Tento fazer alguns exercícios para estudar e tentar perceber bem, mas acabo sempre por desistir, já que fico bastante frustrada comigo mesma por errar e parecer cada vez mais confusa a cada exercício que faço. A minha dúvida é: como posso identificar (e "distinguir") bem, em qualquer frase, os modificadores (do nome, do grupo verbal e o apositivo) e o complemento do nome?

Obrigada desde já!

João Pereira Administrativo Pessegueiro do Vouga, Portugal 6K

A expressão "pelado" tem de estar entre aspas (ou itálico)?

Por exemplo:  «Em dia de sol, ventoso e frio, campo pelado mas bem tratado.»

A outra minha dúvida é se infraestruturas se escreve sem ou com hífen.

Exemplos: «Boas infraestruturas e uma equipa jovem e dinâmica», «foram realizadas de forma a criar as infraestruturas necessárias para que o clube continuasse a engrandecer a freguesia.»

Obrigado pela ajuda.

Luiz Gustavo Estagiário Brasília, Brasil 10K

Consideremos a seguinte frase:

«O paciente não está com (em) condições físicas para participar da audiência designada para o dia 7 de janeiro de 2018, uma vez que sofreu o quarto acidente vascular cerebral, que o deixou com o lado direito do corpo paralisado afetando sua mobilidade.»

Minhas dúvidas são: o paciente «não está COM condições» ou «EM condições»? Existe vírgula após «acidente vascular cerebral»?