Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Joaquim Fernández Tradutor Barcelona, Espanha 3K

Estive a rever o Acordo Ortográfico devido a uma dúvida de tradução e fiquei com a sensação de que «príncipe-consorte» deveria estar unido com um hífen, mas a verdade é que na imprensa portuguesa encontro a expressão sobretudo sem ele.

Podem esclarecer-me, por favor?

Muito obrigado!

Júnior Lima Dias Estudante Brumado - BA, Brasil 6K

«Eu posso determinar o valor das forças relativamente fácil.»

Ouvi essa frase em um curso de Astrofísica, veio-me a dúvida: colocar «de forma» antes de «relativamente» constituiria uma redundância ou seria necessário? A frase está gramaticalmente correta?

Obrigado!

João Nogueira da Costa Almada, Portugal 11K

Esta questão já foi colocada por um consulente em 2001, mas a resposta dada pelo consultor do Ciberdúvidas ["Argélia-Argel"] não esclarece a metátese que se produziu em português e castelhano.

A minha pergunta é a seguinte: por que razão terá havido esta metátese de uma palavra de origem árabe iniciada pelo artigo al? Será caso único com palavras portuguesas de origem árabe com o artigo al?

Encontrei uma resposta num sítio de língua espanhola que também não me deixou totalmente esclarecido, razão por que peço a vossa opinião.

Muito obrigado.

P.S. – Em outros sítios, a pergunta é idêntica à minha, mas as respostas fogem ao cerne da questão: Sua Língua e StackExchange.

Maria Morais Professora Anadia, Portugal 35K

Posso dizer «Eu e os meus amigos», ou «Os meus amigos e eu»?

Uma falante da língua francesa disse-me que em francês não pode existir a segunda possibilidade[1], mas na língua portuguesa não me soam mal ambas as hipóteses supracitadas. Estarei errada?

Grata pela vossa atenção.

 

[N.E. (1/07/2019) – Trata-se de um equívoco, porque em francês, por uma questão de delicadeza, o recomendado é «mes amis et moi» (= «os meus amigos e eu»), ou seja, o pronome de 1.ª pessoa vem depois da referência a outras pessoas – «ma femme et moi» (= «a minha mulher e eu»), e não «moi et ma femme»). Cf. moi na versão em linha do Dictionnaire Larousse)].

Carlos Martínez Sánchez Tradutor e intérprete Múrcia, Espanha 3K

Tenho uma dúvida sobre esta frase, a qual julgo que está mal construída. Não sei o que quer dizer: «É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Aparece na canção "No dia seguinte", interpretada por Paulo Brissos (Festival RTP da Canção 1993), com letra de Nuno Gomes dos Santos e música de Jan Van Dijck.

Contexto: «Era tão certo o amor que eu inventei/Estava tão perto e, mesmo assim, não sei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Obrigado.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 19K

Gostaria de saber quando usar de e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».

Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de . Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?

Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.

Franqueira Neto jornalista Macau, Macau 8K

Tenho visto muito a utilização de «a par com» (Exemplo: «Macau é, a par com Hong Kong, uma das Regiões Administrativas Especiais da China»). Julgo que o correcto seria «a par de», mas tenho visto isto tantas vezes que já tenho dúvidas.

Serão válidas as duas formas?

Vitor Manuel Margarido Paixão Dias Médico Porto, Portugal 4K

Como se deve dizer: «medicamento anti-hipertensor» ou «medicamento anti-hipertensivo»?

Muito obrigado.

António Antão Professor (aposentado) Braga, Portugal 7K

Esta questão já foi aqui apresentada por outro consulente e a vossa resposta foi «Penso que deve dar preferência ao uso da expressão "tudo o resto"».

Eu mantenho as minhas dúvidas, até porque quem respondeu não o fez com convicção ao usar o «penso que». Pois eu penso que deve ser «todo o resto», entendido como a totalidade da parte restante. Por exemplo, hoje, na capa de A Bola, lê-se que Fernando Santos fala «sobre a Liga das Nações e sobre tudo o resto».

No meu ver, estes dois conceitos são contraditórios: se fala sobre tudo, não sobra resto para acrescentar ao que fala. Ela fala, com certeza sobre a Liga das Nações e sobre a totalidade da parte restante (de matérias de futebol, certamente) que vão além do assunto principal.

Agradeço a vossa atenção.

Luís Ali Muangil Professor Lichinga, Moçambique 2K

Será que é certo o uso da construção «roubaram-me meus sapatos».