Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Luna Sousa Web designer Portugal 3K

Dada a profusão de sites que se referem a essas pequenas plantas de belas flores coloridas mas de cheiro pouco agradável como cravos túnicos, suponho que sou eu que estou errada.

Sempre os conheci como cravos púnicos, ou seja, «cravos fenícios». No entanto, sendo púnico um termo tão pouco conhecido da maioria dos falantes desta língua, sempre assumi que a troca se devesse a uma maior sensação de familiaridade com a palavra "túnico", provavelmente derivada de túnica.

Estou errada? Será que os meus cravos nunca foram realmente fenícios e foram buscar o nome a uma peça de roupa?

Simon Tang Funcionário Público Macau, China 7K

Gostava de saber se o adjectivo elegível tem o significado de «qualificado». Por exemplo: «os trabalhadores elegíveis podem receber um subsídio de 100 euros.»

Perguntei a vários portugueses e eles responderam que sim, equivalente à expressão «que reúnam os requisitos». Contudo, não consegui encontrar este significado («qualificado») nos dicionários portugueses.

Obrigado.

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 2K

Alfredo Gomes, Júlio Nogueira, Luiz A. P. Victoria, entre outros gramáticos, consideram as seguintes expressões como galicismos sintáticos:«fazer dinheiro» (no sentido de «realizar, de conseguir dinheiro»); «fazer erros»(por «cometer erros»); «fazer música» ( por «compor música») ;«fazer passeio» (por passear ou «empreender um passeio»).

Gostaria de sabe se essas expressões já são aprovadas pela gramática normativa, já que são usadas com frequência, inclusive por grandes escritores contemporâneos.

Grato pela resposta.

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 11K

Vejo com frequência as locuções «face a» e «frente a» em textos da mídia e até em textos acadêmicos , inclusive de alunos de letras.

Sei também que [Celso] Luft, no Dicionário de Regência Nominal abona essa expressão assim como «frente a».

Gostaria de saber se o uso de «face a» e «frente a» já está liberado em textos formais?

Grato pela resposta e parabéns pelo belo serviço de vocês.

Patricia Domíguez Professora Santander, Espanha 2K

Gostava de saber se a construção «Um bom amigo deve ser uma pessoa com que puderes partilhar o tempo e passá-lo bem» é correta e se poderia ser igualmente válida com presente de conjuntivo («com a que possas partilhar o tempo»)

E qual seria a explicação da razão de usar uma ou outra?

Obrigadíssima e parabéns pelo trabalho.

Carlos Miguel Gonçalves Padre Moscavide, Portugal 3K

A frase «eu sou o pão vivo, que desci do céu» [João 6, 51] soa-me sempre mal, mas fico na dúvida se em português é possível fazer esta construção ou se, pelo contrário, seria obrigatório que o verbo da oração relativa ficasse na terceira pessoa, concordando com o antecedente do relativo – «o pão vivo».

Fico com a ideia de que em latim, por exemplo, esta frase não resultaria problemática porque o que declinado indicaria a sua relação com o eu da oração subordinante, equivalendo a «eu, que desci do céu, sou o pão vivo», sendo então esta a única formulação em português que se poderia aceitar como correcta, obrigando a que o relativo esteja mesmo sempre a seguir ao seu antecedente.

É assim?

 

N. E. (07/04/2020) – Manteve-se a forma correcta, que é da norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.

Elisabete Ramos Moreira Professora 2.º CEB Viseu, Portugal 67K

Como sabemos, os advérbios 'nunca' e 'jamais' pertencem, agora, aos advérbios de tempo. Será que podemos dar como exemplos de frases com polaridade negativa aquelas que incluem estes dois advérbios? Como explicar aos alunos que é uma frase com polaridade negativa, se não está presente um advérbio de negação? Não vejo, nos projetos editoriais, esta questão muito clara! Muito obrigada.

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 2K

Tenho lido na imprensa espanhola a palavra cotianidad, umas vezes, e cotidianeidade, outras.

Como seria em português: "quotidianidade" ou "quotidianeidade"?

Confesso que preferiria sempre usar outras expressões mais correntes na nossa língua – tipo, "dia a dia", "normalidade", etc. –, mas fiquei curioso em saber da sua aceitação em português.

Maria Pereira professora Coimbra, Portugal 3K

Na expressão «os meus poemas na fase inicial /pelo écran» (in Técnica vs. Artesanato de Ana Luísa Amaral), o adjetivo inicial é modificador restritivo do nome ou complemento do nome?

Por um lado, não parece ser nenhuma das situações em que se concretiza o uso do complemento do nome mas, por outro lado, parece que a frase fica incompreensível se se suprimir inicial.

Agradeço antecipadamente o vosso esclarecimento.

Emanuel Costa Inspector Portugal 33K

Qual o plural de «par de jarras», significando esta expressão «duas pessoas que andam sempre juntas» (linguagem coloquial)?

«O par de jarras» ou «os par de jarras», sendo que em cada uma das expressões nos queremos referir a apenas e só duas pessoas: qual é a forma correcta?

Possíveis usos:

a) «Desde que começou a quarentena, estou sempre a ver o par de jarras a deambular por aí»; ou b) «Desde que começou a quarentena, estou sempre a ver os par de jarras a deambular por aí»?

c) «O par de jarras vai ao baile»; ou d) «Os par de jarras vão ao baile»?

Obrigado!