Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Carlos Filipe Carvalho Ferreira Professor Londres, Reino Unido 2K

Qual destas possibilidades está certa? Encontrei as duas possibilidades, fiquei na dúvida sobre qual das duas possibilidades corresponde ao Português Europeu. No caso da primeira também ser possível em PE, a possibilidade decorre da presença do conetor ou de mecanismos enfáticos ou outra possibilidade, claro. Obrigado 'Ao lhe cortarem as tranças, a menina ficou muito triste' ou 'Ao cortarem-lhe as tranças, a menina ficou muito triste'.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 5K

Na frase «ajudei-o a que fizesse as malas», a completiva finita oblíqua pode ser substituída pelo pronome isso?

«Ajudei-o a isso.» Está correta essa frase?

Tradicionalmente a completiva finita oblíqua em causa se chama oração subordinada substantiva objetiva indireta?

Obrigado.

Pedro Ludgero Professor Vila Nova de Gaia, Portugal 5K

No decassílabo «E cava, em belas frontes, paralelas» (tradução pessoal de um verso de Shakespeare)*, as vírgulas são ou não desejáveis?

Pergunto isto, porque não sei se o uso da vírgula impede a sílaba métrica |va em|, e também porque não tenho a certeza se, de um ponto de vista gramatical, elas são realmente necessárias. A minha intenção é apenas impedir que a palavra paralelas possa ser considerada um adjetivo referente a frontes.

Obrigado.

 

N. E. – Trata-se de um dos versos do soneto 60 de William Shakespeare (1564-1616): «And delves the parallels in beauty's brow».

Jorge da Cunha Professor Arruda dos Vinhos, Portugal 3K

Gostaria de saber se a palavra bem-ensinado se escreve com hífen e mal ensinado se escreve sem hífen, e, se assim for, qual a justificação.

Obrigado.

Lanito Molita Estudante Lisboa, Portugal 1K

 Minha interrogação está relacionada com o substantivo comum e masculino zóster.

Zóster significa «zona, faixa, cintura ou cinta» e também pode ser uma abreviação de herpes-zóster, que é uma «afeção caracterizada por erupções vesiculosas da pele, localizadas no trajeto dos nervos da sensibilidade».

No entanto, a minha questão tem a ver com o plural de zóster. O dicionário Infopédia e o Portal da Língua Portuguesa enunciam que o plural de zóster é "zósteres", palavra proparoxítona ou esdrúxula. Já o dicionário Priberam afirma que o plural de zóster é zosteres, palavra paroxítona ou grave.

Dar-se-á o caso de alguém estar errado quanto ao plural de zóster ou existirá uma pluralidade de plural, ou seja, dois plurais possíveis ("zósteres" e "zosteres") para a mesma palavra?

Agradeceria que me esclarecêsseis nesta minha incógnita.

Bruno Henriques Advogado Lisboa, Portugal 14K

Na frase «olá a todos», qual é a função sintática de «a todos»?

Neste caso, devo ou não colocar uma vírgula entre a interjeição e os restantes elementos?

António Pedro Braga Informático aposentado Lisboa, Portugal 2K

Ao final da página 82 do livro 19 da obra Portugal, uma retrospetiva aparece é referido o «arrabiado da Beira». Consultado o Dicionário da Priberam, nele não consta a definição da palavra "arrabiado", razão desta minha pergunta aqui.

Desde já, obrigado.

Miguel Anxo Varela Díaz Professor de desenho e pintura Ferrol, Espanha 2K

Antes de nada gostaria de dar os parabéns e agradecer a existência desta página maravilhosa das Ciberdúvidas. Eu moro na Galiza e falo galego, mas no seu momento escolhim para a minha língua a opção ortográfica galego-portuguesa e por isso não é estranho que gaste as horas lendo aqui.

Em geral as palavras nas duas beiras do Minho são iguais ou muito parecidas. Mas às vezes alguma delas só está num dos territórios... O caso é que reparei hai pouco que no galego mais enxebre usamos a palavra dedas para falarmos dos dedos dos pés, mas não achei esta forma nos dicionários portugueses.

Gostaria de saber se esta forma é conhecida fora da Galiza, na língua portuguesa, bem como forma dialectal ou histórica ou se consta no registo popular. É uma palavra curiosa, também não sei bem a origem dela, se tem paralelismos noutras línguas românicas ou se parte duma analogia...

Obrigado e saudações desde o confinamento aqui no norte do norte.

 

N. E. (24/04/2020) – Mantiveram-se a morfologia (hai, escolhim), as palavras (enxebre = «puro, autêntico») e a fraseologia (no seu momento = «a certa altura») galegas, incluindo a construção «desde o confinamento», que, em português, não se recomenda.

Lucas Gomes Autónomo S. Paulo, Brasil 14K

Quando quero me referir à maneira de pagar alguma coisa, qual das frases abaixo está correta?

1) Pagar à prestação.

2) Pagar a prestações.

Sara Leite Professora Espanha 9K

«A história da dança tem sido escrita há séculos».

Esta frase está correta?

Tenho dúvidas porque, por um lado, pode ter um significado de duração (ex: trabalho nesta empresa há oito anos), mas, por outro, nesta frase, parece-me que remete para uma localização temporal no passado, com o sentido de «foi escrita há séculos». «A história da dança tem sido escrita ao longo de séculos» soa-me melhor, mas não posso afirmar que a outra esteja incorreta. Gostaria que esclarecessem esta questão, por favor.

Obrigada pelo vosso trabalho.