Sobre a utilização mais correcta de: "ensino" e "apoio" (…) à/a distância, em tempo dirigi uma pergunta "telegráfica" ao Ciberdúvidas que, por sua vez, a remeteu para um espaço de reflexão onde a dúvida, paradoxalmente, cresceu. Passo a transcrever os exemplos dados como ilustração do uso mais correcto das situações em epígrafe:
"cursos por correspondência" e "trabalhos de casa". Com estas duas utilizações da língua (e uma outra que remete para áreas de "entregas ao domicílio e de publicidade" Vd Tema: A distância/À distância), estaria resolvida a questão.
Lamento insistir, mas pelos exemplos apresentados, que me parecem pertencer a interpretações diferentes, aumentou a minha necessidade de reflexão partilhada.
E outras dúvidas vieram por simpatia. É o caso de: transmissão; acção; formação; comunicação; intervenção; visão; manutenção; controlo (…) "à/a distância". Julgo que os livros têm utilizado a contracção "à", para falar de comunicação à/a distância desde os mais ancestrais sinais de fumo até à actual tecnologia…
As duas utilizações poderão estar correctas, mas eu não gostaria de ter esta dúvida/insegurança. É claro que conteúdos não devem ser sacrificados pela forma, pela sonoridade, mas esta questão (porque "À" tem mais vida e me parece, psicologicamente, soar mais distante) trouxe-me à memória João de Barros, um avô (se Camões é o pai…) da Língua Portuguesa, que afirmava (não recordo a fonte) que o nosso idioma, sendo um dos mais ricos, era materializado sem alma. O problema estava no falante que lhe atrofiava e mutilava os sons, retirando-lhe o ritmo, a cadência, em suma: a expressividade.
Com toda a consideração que a equipa do Ciberdúvidas merece pelo trabalho inestimável que está a prestar à "formação ao longo da vida" de quem se questiona neste vasto Património das palavras, gostaria, se possível, que fosse o meu estimadíssimo Professor José Neves Henriques, a dialogar com os contextos que constituem esta mensagem, segundo o método (de raiz) a que já nos habituou.
Muito grata.
Qual é a maneira mais eficiente que se conhece para ensinar conjugação verbal?
Só decorando com aquela tabela enorme de verbos constando de: radical, vogal temática e desinências? Será que essa é a maneira mais produtiva para na hora da prática o aluno saber como usar adequadamente?
Muito grato.
Sou holandês, vivo neste país há 12 anos, e ainda não sei quando uma palavra é masculina ou feminina, por ex.: o lar, o problema, a sensação, o doce, etc.
O correto é compra a vista (ou à vista)?
Este carro está a venda (ou à venda)?
Qual a pronúncia correta para bauxita? "Bauchita" ou "boqcita (com ênfase no boq)"?
Em tempo, lendo uma pergunta referente ao termo você, vosmecê, etc... no meu estado (Minas Gerais) é muito comum a fala do ocê e do cê referindo-se a você.
O adjectivo categórico(s) costuma ser empregue no sentido de incisivo, peremptório. Não poderá ser usado com o sentido de relativo a categoria(s)? Por exemplo, os valores de variáveis qualitativas ou atributos como o sexo, cor dos olhos, intensidade de dor (ligeira, moderada ou severa, etc.), são frequentemente rotulados de níveis ou categorias. Sendo assim, é correcto usar a expressão 'dados categóricos' quando se pretende aludir a dados relativos a esses atributos? Ou será preferível 'dados categoriais' ou ainda 'dados categorizados'?
Informo que no inglês são usadas pelo menos as expressões 'categorical data' e 'categorized data'.
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