Por enquanto, não existe versão electrónica do meu prontuário.
E, para evitar de iludir quem nos lê, devo esclarecer que a parte das variantes brasileiras são só 10 páginas, num livro de 320. O melhor trabalho que conheço para o fim que pretende é o "Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro", de Mauro Villar, publicado pela Editora Guanabara.
Quanto à grafia, não tenha muitos receios, irmã brasileira. As diferenças não são assim tantas, pois, em leitura corrida, nem se notam as diferenças na mensagem (ou porque as consoantes que os brasileiros tiram não fazem falta aos portugueses por serem mudas, ou porque o que acrescentam em acentos é supérfluo para Portugal). Com um bom corrector ortográfico em português de Portugal corrige tudo.
Quanto à semântica, é mais difícil. Os grupos humanos tendem a construir símbolos de comunicação diferenciados de outros grupos, vizinhos até às vezes. Isso Justifica que exista no planeta um número impressionante de muitos milhares de línguas (crê-se que umas 6 000 desaparecerão em breve, com a globalização...). Não admira que no Brasil se usem significantes diferentes dos usados em Portugal para conceitos idênticos, embora a língua seja estruturalmente a mesma. O que se dá é a circunstância de muitos regionalismos brasileiros serem, afinal, bom português, vernáculo, dos nossos comuns antepassados, e, por isso, perfeitamente entendidos.
Seja rigorosa na sua norma e não tenha complexos.