Impedir e evitar são sinônimos?
Leio, vejo e ouço por aí afora bastantes pessoas falando em evitar alguém ou algo de algum(a) lugar ou coisa, mas o correto não é impedir? Já que, em meu entendimento (que é limitado...), evitar é fazer o possível e o impossível para que algo não aconteça ou deixar que só aconteça em bem poucas e raras vezes, enquanto que impedir é garantir que não aconteça em nenhuma vez.
Obrigado.
Li com curiosidade os esclarecimentos dados por José Mário Costa, no tocante ao termo inglês jeans e à sua incorporação na nossa linguagem comum. Mas resta-me uma (ciber)dúvida: feito este inevitável aportuguesamento de uma palavra destituída de género, na sua origem, como classificá-la, agora?
Substantivo masculino (como é corrente), ou feminino (como o género de roupa – «as calças» – a que pertence)?
As raízes francesas da palavra jeans são bastante plausíveis, tendo em conta a provável derivação do nome da cidade italiana de Génova, muito associada ao fabrico dos tecidos usados nesta roupa; derivação esta que tem a sua origem na designação francesa para a mesma cidade – Gênes. Chegados assim a jeans, por corruptela de tradução, percebe-se que os franceses atribuam o género masculino à palavra, uma vez que ela se situa no grupo, também masculino, denominado pantalons. Mas será esta influência razão suficiente para legitimar a atribuição do mesmo género à roupa que, entre nós, se insere no universo (feminino) das “calças”?
Eis a questão.
Cordial e reconhecidamente.
Gostaria de saber se o verbo ir pode ser conjugado como «nós imos» e «vós is/vades» no presente do indicativo.
Essas formas são aceites?
Gostaria de saber como se pode justificar a divisão silábica da palavra diagnóstico, apresentada pelos dicionários, conforme se vê abaixo?
di·ag·nós·ti·co (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 22-07-2020).
Considerando a etimologia («Do grego διαγνωστικός, pelo latim diagnosticu (dia = «através de, durante, por meio de» + gnosticu= «alusivo ao conhecimento de») — Wiktionary), podemos aproximar a palavra diagnóstico da palavra diacrónico, cuja divisão silábica, apresentada pelo mesmo dicionário, é di·a·cró·ni·co (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa,consultado em 22-07-2020).
O mesmo se pode dizer em relação à palavra gnose:
gno·se (grego gnôsis, -eos, «conhecimento») "gnose" (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, consultado em 22-07-2020).
Por que motivo, então, a divisão silábica da palavra diagnóstico não é "di-a-gnós-ti-co"?
Desde já, muito grata pela atenção que vierem a conceder à minha questão.
Na língua portuguesa, de Portugal, a palavra adjunto enquanto nome não existe no feminino?
É correto usar «adjunta do diretor«? Ou terá de ser «a adjunto do diretor»?
Obrigada.
Existe o substantivo comentarista.
As minhas perguntas são:
– Existe um adjetivo correspondente (não o encontrei em nenhum dicionário)?
– A existir, será comentarista, "comentarístico" ou outro?
Encontrei o seguinte trecho n'Os Maias e não consegui achar alguma referência explicando a comparação do Sá Nunes com o pinhal de Azambuja.
Eis o trecho:
«O Taveira não subiu. Todos esses dois longos dias se intrigara desesperadamente. O Gouvarinho queria as Obras Públicas: o Videira também. E falava-se duma cena terrível por causa de sindicatos, em casa do presidente do conselho, o Sá Nunes, que terminara por dar um murro na mesa, gritar: "Irra! que isto não é o pinhal de Azambuja!"
– Canalha! rosnou Ega com ódio.»
Poderia dizer o que explica ou originou este tipo de comparação com o pinhal de Azambuja?
Obrigado desde já.
Na frase:
«Descobrir o verdadeiro assassino era uma tarefa para Sherlock.»
O termo «descobrir o verdadeiro assassino» é oração subordinada substantiva subjetiva ou oração subordinada substantiva predicativa?
Como diferenciar subjetiva de predicativa quando uma oração reduzida de infinitivo vem seguida de verbo ser mais artigo e um termo substantivado?
No verso «As casas espiam os homens [...]» ("Poema de sete faces") , do poeta Carlos Drummond de Andrade, podemos identificar a presença da metonímia?
Há algum teste para identificarmos se o regime se prende com o nome ou com o adjetivo?
Nesta frase de Camilo Castelo Branco: «Não acho oportuna a ocasião para zombarias.»
Nesse exemplo, para é regime de oportuna ou de ocasião?
Se não houvesse o artigo a, portanto, se a frase de Camilo fosse: «Não acho oportuna ocasião para zombarias» – haveria mudança de interpretação quanto ao regime?
Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho!
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