DÚVIDAS

Coesão referencial e coesão frásica
Venho pedir a vossa ajuda para perceber as possíveis estratégias de coesão presentes no uso do pronome a (em «a sinto») na frase «Escrevi esta carta com sinceridade e é com sinceridade que a sinto». Este pronome constitui um exemplo de coesão gramatical referencial por anáfora. A minha dúvida é se pode ser também um caso de coesão gramatical frásica, por ser o complemento direto de um verbo e estar no feminino singular. Muito obrigada pela vossa ajuda.
O pleonástico «amigo pessoal»
Que eu saiba, temos «amigo virtual», «amigo por telefone», «amigo por carta» e outros mais (dos quais não me recordo de prontidão...)! Logo, como e por que estaria errado falar em «amigo pessoal»? E, por sinal, não será preferível mesmo «amigo pessoal» a «amigo real»? «Amigo virtual», por exemplo, ele existe fora de um computador, de um celular e de um notebook... Eu apenas não o estou vendo ao vivo/pessoalmente/em pessoa! Não é verdade isso? Então, a que tipo de conclusão vocês chegam desse jeito ou nesse sentido de verdade? Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
O uso de ante em Pernambuco
A construção gramatical «ante a» ou, de forma sincopada, "ant'a", é muito usada por moradores do interior do meu estado, Pernambuco, em frases como: «vá ant'a sua mãe», «fui ant'a meu pai, ele está muito doente», etc. Todavia eu nunca ouvi tal construção em referência a objetos, só a pessoas. Quero saber se a línguística histórica da nossa amada flor do Lácio algum dia abonou tal construção. Grato!
A preposição de nos nomes comerciais (e outros)
Antes de colocar a minha dúvida, gostaria de elogiar toda a equipa do Ciberdúvidas pelo excelente trabalho! Gostaria que me elucidassem quanto à regência da preposição "de" uma vez que me disseram que não é correto empregá-la nos seguintes casos: Toyota Portugal (e não Toyota de Portugal) Mercedes-Benz Portugal (e não Mercedes-Benz de Portugal). Porém, escreve-se Embaixada de França e não Embaixada França. Também li Igreja Católica Ortodoxa de Portugal (e não Igreja Católica Ortodoxa Portugal). Se vos fosse possível indicar-me qual a forma correta, ficaria muito grata.
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