Acabo de ler «Se algum doente a tocasse, ficaria curado.» Tudo me leva a crer que deveria ser «lhe tocasse» (tocar em). Estou a ver mal? É mesmo admissível «a tocasse»?
Obrigado.
A frase «não sabia que tenho uma amendoeira no quintal» está correta? A coesão temporal não apresenta dúvidas?
Fui corrigida, porque a forma verbal tenho deveria estar no passado.
Obrigada
A frase em questão é:
«Memórias de quem se emociona porque sabe o que é sem ela viver.»
A oração «(de) quem se emociona» desempenha a função de complemento do nome pela ligação estabelecida com o nome/grupo nominal «memórias».
A minha questão prende-se com a classificação da oração.
Sendo introduzida pelo pronome relativo (sem antecedente) quem deveria ser classificada como substantiva relativa; contudo, atendendo à função sintática que desempenha, deveria ser classificada como substantiva completiva uma vez que as substantivas relativas não desempenham, até onde sei, essa função sintática? E como podemos justificá-lo?
Obrigado.
Como já foi escrito neste sítio, na Resposta a "Taquicardia" (dada por Carlos Rocha, 13 de novembro de 2013), o consenso académico coloca taquicardia, com o acento [tónico]em di, como a pronúncia correta.
Contudo, a minha dúvida vai no sentido de que o segundo elemento desta palavra provém do étimo grego κᾰρδῐ́ᾱ (kardíā); ao passar esta palavra para o latim científico (fonte de infinitos termos médicos), colocamo-la sob a regra da penúltima, que nos diz que a penúltima sílaba, por ser breve (a sílaba grega original é um iota breve), perde o acento, que passa para a antepenúltima sílaba.
Deste modo, o termo médico em latim científico tachychardia passaria a pronunciar-se com acento na antepenúltima sílaba, como o seu termo cognato em português, taquicardia, do mesmo modo como ocorre na pronúncia espanhola de taquicardia?
(Nota: na Resposta a "A pronúncia e o acento de ambrósia" (Carlos Rocha, 18 de maio de 2021), o iota breve de ἀμβροσία (ambrosía) também faz com que, na transposição latina, o acento passe para a antepenúltima sílaba.)
A resposta que D'Silvas Filho deu a uma consulta de 21.12.2007 sobre as variantes úmido e húmido sugere que a variante brasileira (úmido) inovaria relativamente à portuguesa (húmido), embora não escandalizasse (muito), mesmo nos «hábitos europeus» dos portugueses, já que dispensaria um h que não se pronunciava.
É isto verdadeiro apenas em parte, já que, embora o período pseudoetimológico da ortografia nos legasse húmido, era originariamente umidus o étimo latino. Assim, o que era falso cultismo (húmido) se tornou, com o tempo, a forma popular, a qual os formuladores da ortografia oficial brasileira acabariam por preterir em favor do cultismo, este sim, etimologicamente correto, úmido.
Não quero com isto sugerir que o étimo latino correto deva ser o parâmetro por excelência para a definição da aceitabilidade de determinada grafia, até porque, para mim, o parâmetro por excelência é o uso culto efetivo, real, nos nossos dias, pelo que úmido é errado em Portugal, e certo no Brasil, e húmido é errado no Brasil e certo em Portugal.
A minha única intenção foi esclarecer que, diferentemente do que sugeriu D'Silvas Filho, não houve liberalidade brasileira, mas, pelo contrário, rigorismo.
A palavra esports, do inglês, se refere aos esportes eletrônicos, como jogos de computador que são jogados profissionalmente em campeonatos.
Essa palavra ficaria confusa no português, visto que se confunde com a palavra esportes.
Sendo assim, qual seria a grafia correta da palavra em português: "e-esportes" (traduzindo o termo), "e-sports" (com hífen, para evitar confusão) ou com a grafia em inglês mesmo, esports (como em email)?
A palavra timer, do inglês, pode ser traduzida como temporizador, porém existem algumas palavras estrangeiras que passaram a fazer parte da língua portuguesa.
Minha dúvida é se a palavra timer faz ou não parte do português, já que eu já a encontrei em alguns sites de dicionários, como no dicio.com.br.
Obrigado.
Qual é a diferença entre igualdade e equidade? Em que contextos podem/devem ser usadas?
Grata pela atenção.
Dizemos «A mãe agarrou o menino» ou «A mãe agarrou no menino»? E porquê?
Muito obrigado!
A modalidade expressa na frase: «Nas imediações de Tarddert, sou acordado pelo frio dos picos do Alto Atlas», retirado do relato «Marrocos. Miragens», de Manuel João Ramos, é apreciativa ou epistémica com valor de certeza?
A dúvida surgiu pela dificuldade em saber se o frio é algo objetivo ou subjetivo. Por exemplo, para o narrador, a temperatura que faz nos picos do Alto Atlas é baixa, tendo este frio, mas para alguém que viva num local cujas temperaturas rondem as do lugar anteriormente referido pode não estar frio.
Muito obrigada pela atenção.
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