Li, há alguns meses, um livro escrito por um português, cuja acção decorre, em grande parte, durante a Primeira Guerra Mundial. Nessa obra, é frequente os soldados portugueses destacados na Flandres empregarem caraças com o sentido com que hoje diriam, talvez, «Bolas!», «Gaita!» ou qualquer outro termo menos apropriado para constar aqui. Não creio que tal fosse possível naquela época. Suponho-o um termo recente. Tenho tentado confirmar esta minha suspeita, mas, até à data, não o tenho conseguido. Daí o ter decidido usar este contacto para vos pedir ajuda no sentido de satisfazer a minha curiosidade.
Grata pela atenção dispensada à minha questão, desejo longa vida a este sítio da Net.
O estado de semiconsciência entre o estado de vigília e o sono é denominado de estado hipnagógico, termo que encontrei bem documentado. Na língua inglesa, um psiquiatra/autor usa também o substantivo hypnagogy, com o mesmo sentido de «estado hipnagógico», mas, como não encontrei o equivalente directo mais provável ("hipnagogia") nos dicionários de que disponho, venho consultar-vos em relação ao uso desta palavra. Encontrei no dicionário Aurélio os termos hipnagoge e hipnagogismo, mas são descritos no sentido da indução do sono e não no sentido do estado hipnagógico em si.
Agradeço desde já uma resposta.
Parece-me haver uma tendência para deixar de usar o modo conjuntivo, o que seria um empobrecimento para a nossa língua (talvez pior do que a vossa chamada de atenção para a falta de acentuação e má pronúncia na primeira pessoa do plural do pretério perfeito simples). Já tenho chamado a atenção de amigos para tal facto, mas dizem que não notam.
Será real o facto que refiro?
Alguns exemplos:
a) «Mas a ERSE admite que esse estudo [ou outra coisa qualquer] pode aumentar os custos...»;
b) relações de igualdade (entre europeus e africanos) não quer dizer que as contribuições de cada um podem ser iguais...» (a propósito da cimeira UE-África);
c) «Agora, o que é irónico é que este "falso" plural é também designado nos prontuários por "plural de modéstia" — o que prova que nem a terminologia gramatical é imune a manipulações ideológicas» (Vossa pelourinho Nós, vós, ele e artigo publicado no semanário Sol, de 29 de Dezembro de 2007).
Então, não deveria ser "possa", "possam" (aliás, "tenham") e "seja", respectivamente?
Obrigado.
Gostaria de ser esclarecida acerca do uso do hífen nas palavras compostas à luz do novo acordo ortográfico.
Estou a pensar especificamente nos nomes da fauna e da flora.
Muito agradecida uma vez mais.
Quando posso usar o verbo ter e/ou o verbo haver? Ex.: «Tem um livro na sala.» — «Há um livro na sala.» «Tem um elefante na varanda.» — «Há um elefante na varanda.»
O uso de um ou outro é indiscriminado?
O antónimo de frente — qual é?
Obrigada.
Por que hermenêutica, propedêutica e terapêutica são acentuados e os correlatos hermeneuta, propedeuta e terapeuta não são?
P. S.: Também sou professor de Redação Forense, por isso a preocupação com a gramática normativa.
Antecipadamente grato por sua munificência.
No português de Portugal, é incorrecto escrever os vocábulos sem e número por meio de hífen?
Devemos escrever «um sem número de coisas» em vez de «um sem-número de coisas»?
Qual dos dois o mais correcto?
Antecipadamente grato pela vossa resposta.
Estou com uma dúvida em uma questão, onde diz «Bentinho, personagem do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, desconfiado do adultério de Capitu, resolve oferecer uma xícara de café com veneno ao filho Ezequiel, mas recua no momento em que a criança abre a boca para tomar a bebida», e a outra questão igual diz que «entrega uma xícara de café» e o resto segue igual também.
Bem, agora segue a pergunta, acredito que as questões sejam iguais, já que creio que entregar e oferecer sejam sinônimos, e o que importa é que no final das contas o menino estava com a xícara na mão.
Estou correta? Pode me explicar isso da melhor forma gramatical possível, para eu fundamentar na gramática a minha questão?
Obrigada.
Gostaria de saber o significado de decreto-lei.
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