Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: locução
Conceição de Maria Vasconcelos Lima Revisora de Textos Fortaleza, Brasil 8K

Tenho lido em textos que me são enviados para revisão a locução prepositiva «de acordo com» grafada da seguinte forma: «de acordo o», «de acordo a».

Na primeira vez que vi essa construção, pensei imediatamente que o autor teria escrito a locução e deixado inadvertidamente de inserir a preposição com. No entanto, o autor continuou a usar a mesma locução em outros trechos do texto, e depois eu a encontrei também em outros textos, o que é suficiente para que eu comece a pesquisar em busca de encontrar a fonte desse tipo de construção ou alguma coisa que justifique o seu emprego.

Gostaria de saber se essa regência existe e deve ser acatada na língua culta.

Obrigada.

Djavan Nascimento Estudante Recife, Brasil 3K

Primeiramente agradeço de antecipado a todos vocês deste sítio e desejo saúde para todos nós.

Aqui trago um trecho da Constituição brasileira que me causou confusão:

«XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus".»

A que o texto se refere que está situado no país? Os bens ou o estrangeiro? Há aqui ambiguidade? Se há como ficaria a reescrita para tirar suposta ambiguidade?

Matheus de Oliveira Silva Revisor de textos Santa Cruz do Rio Pardo, Brasil 35K

Qual o correto?

«Hoje é domingo, pé de cachimbo«, ou «Hoje é domingo, pede cachimbo»?

Nuno Castro Funcionário público Felgueiras, Portugal 1K

O meu falecido pai utilizava um termo para descrever quando por um rego de água estava a verter bastante. Este termo era «deitar de enxotão».

Pergunto se esta palavra tem alguma razão de ser e qual a origem?

Obrigado.

Anna Guedes Guia Porto, Portugal 4K

Gostava de saber que situações nos obrigam, necessariamente, ao uso do pronome relativo o qual (e suas flexões).

Já sei que quando temos uma preposição dissilábica antes do antecedente (como por exemplo durante, sobre, etc.) somos obrigados a usar o qual, mas excluindo estas situações, que outras há em que não possamos usar que e somos forçados a usar o qual?

Obrigada.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Para a pergunta «é que», deparei com a seguinte resposta do Ciberdúvidas:

«Rodrigo de Sá Nogueira, no seu Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem (Livraria Clássica Editora, Portugal), explica esse é que (ou foi que) por imitação do francês "c'est que…". E não lhe via, já nesse tempo, qualquer deselegância gramatical . Antes pelo contrário: "Trata-se de uma expressão radicada, consagrada pelo uso, e, diga-se de passagem, de muita expressividade." À luz da gramática portuguesa, R. Sá Nogueira justifica este tipo de construção como uma frase elíptica, que dá força e realce a uma determinada ideia ou informação. No exemplo apontado, a frase seria assim: "A escola recuou na sua proposta. Porque (é que) faltam os fundos necessários." E remete-nos para o que escreveu sobre o mesmo assunto o insuspeito Vasco Botelho de Amaral. Vem no Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português (Editorial Domingos Barreira, Porto, esgotadíssimo) e é a defesa mais acalorada que conheço da "espontaneidade e relevo expressivo" da partícula é que – um recurso estilístico comum, de resto, em clássicos como Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett, ou Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro. A transposição da oralidade – propositada, por exemplo, no jornalismo radiofónico e de TV – para uma linguagem escorreita é que, algumas vezes, deixa muito a desejar…»

A minha dúvida recai sobre a explicação que dá para é que Epiphânio Dias na sua Syntaxe Histórica Portuguesa. Com base nela, é que resultaria da perda de concordância do verbo seguido do antecedente demonstrativo o acompanhado de oração relativa introduzida pela conjunção que: «Eu sou o que sei.», «Eu é que sei.»

Quem estaria com a razão, Epiphânio Dias ou Sá Nogueira?

Cumprimentos

Douglas Cameschi Advogado Campo Grande, Brasil 12K

Gostaria que me informassem se existe algum adjetivo específico para qualificar a pessoa que possui boa memória, que se lembra fácil e rapidamente das coisas. É comum usarmos a expressão memória de elefante, contudo desejo saber se há alguma forma mais formal de descrever a boa memória.

Desde já, agradeço a atenção.

Maria Antónia Ajudante familiar Rio Maior, Portugal 22K

É correcto usar «Muitas das vezes não dão a oportunidade à pessoa de ganhar experiência» ou «muitas vezes...»?

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 8K

Como se diz: «dar entrada em» ou «dar entrada a»?

Exemplos: «A Joana deu entrada na cidadania portuguesa» e «A Joana deu entrada à cidadania portuguesa».

 

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 1K

«Todo o sermão está assente na alegoria, na qual se critica o comportamento errático do Homem.»

A asserção que acabei de mencionar está gramatical ou para o ser teria de ser «Todo o sermão está assente na alegoria, através da qual se critica o comportamento errático do Homem»?

Creio que será mais correta a segunda opção, mas não tenho bem a certeza.

Obrigado pela ajuda