Tenho me deparado com algumas diferenças entre gramática portuguesa e brasileira.
Mas a minha pergunta de hoje é muito directa: diz-se «vivo na África», ou «vivo em África»; «a situação da população na África» ou «a situação da população em África»?
Existe a expressão «haverá oportunidade para reflectir», ou não será mais correcto «haverá oportunidade de reflectir»?
Gostaria que me esclarecessem minha dúvida a respeito da regência do seguinte verbo:
Diz-se: «rezar nas intenções», ou «pelas intenções»?
Pergunto qual a frase certa: «Estou desejoso por chegar aí», ou «Estou desejoso para chegar aí»?
Como se deve empregar: «os livros dos jesuítas», ou «os livros de os jesuítas»?
Gostaria de saber que tipo de locução é a expressão «para com».
Diz-se «no Bombarral», «na Lourinhã», «no Fundão». É igualmente correcto dizer «em Bombarral», «em Lourinhã», «em Fundão»?
Qual das frases está correta?
«O Minho localiza-se no norte de Portugal.»
«O Minho localiza-se a norte de Portugal.»
Ao discutir um texto com um amigo, deparei-me com uma frase que para mim não faz sentido: «Ao mesmo tempo que me apetece falar, também apetece-me vêr e ouvir. De gritar e mostrar todas as minhas ideias.» Este de no início da frase não me soa bem, uma vez que o verbo utilizado na anterior é o verbo apetecer e não «ter vontade». Segundo o meu amigo, este texto já foi revisto por uma professora de português que lhe disse que esta situação é possível de acontecer, uma vez que de pode ser usado como reforço de uma ideia e neste caso substituir o verbo. Sempre vi a palavra de como sendo uma preposição e não me faz sentido conjugá-la com o verbo apetecer. É possível esclarecer-me? Obrigada.
Não se trata estritamente de português, mas de adequação do modo de expressão às contingências da realidade.
Eu conto.
Aconteceu que, indo o MacGyver acompanhado de uma competente guarda-florestal em passeio, julgo que no Canadá, eis senão quando se lhes deparam pegadas no chão húmido. Apreciada a profundidade das marcas, aparece na legenda do filme: são de urso, tem cerca de 363 kg.
Admirável acuidade, precisão extraordinária, digo eu, que sou um ignorante.
Afinal vim a apurar que apenas se pretendia dizer que o presuntivo animal deveria pesar aproximadamente 800 lb.
Poderia, por favor, Ciberdúvidas, tirar-se dos seus cuidados e informar os tradutores a martelo da estupidez, recorrente, de traduzir as unidades convertidas ao rigor de uma fiada de 3 algarismos significativos quando, no contexto, tal não é permissível — digo a reforçar, tal é absolutamente anedótico, risível?
Agradeço. Agradecemos todos — os poucos que ainda se batem por alguma qualidade na intocável, e cheia de soberba, comunicação social.
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