Considera-se que ambas as construções são aceitáveis, o mesmo acontecendo com o verbo lavar: «lavar à máquina»; «lavar na máquina».
Dir-se-ia, no entanto, que as regências mais comuns (e neste caso o uso determinará a norma) são «lavar à máquina» (à semelhança de «lavar à mão») e «lavável na máquina» (na medida em que «na máquina» corresponde às circunstâncias em que o artigo é lavável, e não se trata propriamente de uma expressão consagrada — embora disséssemos, pelo contrário, «lavável à mão».
Como espécie de confirmação do que se acaba de expor, pode-se referir que «lavável à máquina» tem 2 530 000 ocorrências no Google, e «lavável na máquina» tem 2 700 000. «Lavar na máquina», por seu turno, tem 145 000 ocorrências, enquanto «lavar à máquina» tem 79 600.
Nota: O adjetivo lavável não se encontra analisado na bibliografia específica sobre regências/regimes dos adjetivos, razão pela qual se realizou a pesquisa a partir da sintaxe do verbo lavar, de onde deriva. Ora, o verbo lavar/lavar-se admite três regências usuais, o que implica a possibilidade do emprego de três preposições: a [«lavar a»: «lavar a seco»; «lavar à mão/à máquina»]; com [«lavar com»: «lavar com detergente/sabão/lixívia»]; e em [«lavar em»: «lavar no tanque»; «lavar na máquina»; «lavar no rio»]. Portanto, aplica-se ao adjetivo lavável o regime do verbo lavar, o que legitima as formas «lavável a seco», «à máquina» e «na máquina», assim como «lavável com detergente/sabão». Cf. Dicionário dos Verbos da Língua Portuguesa (Lisboa, Dom Quixote, 1999), de Ana Maria Guedes e Rui Guedes.