DÚVIDAS

Adjetivo vs. particípio passado
Tenho-me deparado com a problemática de verbos no particípio que têm todos os indícios de serem adjetivos e vice-versa. Não consigo compreender exatamente quando esses verbos indicam uma ação terminada. Como exemplo, cito: «O sinal está vermelho»; «O sinal está fechado». Para mim, tanto «vermelho» quanto «fechado» podem indicar a continuação do verbo estar. Mas «vermelho» é adjetivo. Outro exemplo: «A onça estava agitada e assustada.» Não posso dizer que a onça é assustada, não seria uma característica inerente a ela, mas sim ao momento. Como é possível definir de forma inequívoca o devido uso do particípio como verbo ou como adjetivo? Desde já agradeço muito o auxílio de vocês.
Bebé, sinónimo de recém-nascido
Urso é um substantivo, bebé é um substantivo, podendo este também ser adjectivo («imaturo»); logo, a minha pergunta é: deve escrever-se "ursos bebé" ou "ursos bebés"? Por exemplo, já vi escrito "estrelas bebé", "estrelas bebés", "trutas bebé", "gatos bebés", etc. Parece que não há uma regra de formação do plural quando o hífen não é utilizado. O que levanta outra questão: a utilização do hífen é obrigatória em nomes compostos?
Deprimente, deprimido e depressivo
Muitas pessoas utilizam as palavras deprimente, depressivo e deprimido de diversas formas, confundindo o significado das mesmas, talvez porque a definição que encontram nos diversos dicionários também não estejam suficientemente claras. Sabemos que uma pessoa deprimente é «aquela que deprime». Também posso dizer que uma pessoa que deprime é "depressiva"? Segundo o [dicionário] Priberam, uma pessoa "depressiva" é aquela «que deprime», mas também é aquela «que sofre de depressão». Mas uma pessoa que sofre de depressão não seria "deprimida"? Confesso que confundo bastante o significado dessas palavras. Poderiam ajudar-me a esclarecê-las? Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa