Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Marcelo Silveira de Freitas Professor Rio de Janeiro, Brasil 23K

Gostaria de tirar uma dúvida sobre a construção «lá se vai».

Tal dúvida surgiu a partir da seguinte asserção de Evanildo Bechara, citada abaixo, na obra Lições de Português pela Análise Sintática (p.67, 2018), mais precisamente no tópico sobre verbos impessoais, onde ele diz o seguinte:

«Mestres há, como o Prof. MARTINZ DE AGUIAR (em carta particular), que ensinam que o verbo tem de ir ao plural, concordando com o seu sujeito, sendo o singular um caso de inércia mental, igual a "lá vai os homens". Neste caso o sujeito será: "dois corcundas"; "três moças"; "quatro ladrões"; "quatro irmãs".»

Não conseguindo deslindar satisfatoriamente o que é exposto pelo notório gramático, peço-lhes a mão amiga neste ínclito e iluminado espaço, ao qual sempre acorro.

Desde já muito obrigado.

Rafael Silva Engenheiro São Paulo, Brasil 2K

A definição de dar-se em expressões fixas tais como «dar-se ao trabalho» ou «dar-se ao desfrute» é "Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa" conforme o dicionário Priberam (acepção #59).

Eu estava me perguntando se dar-se construído sem (a)o em expressões idiomáticas como «dar-se conta de» ou «dar-se pressa», «dar-se tom», «dar-se ares de» tem o mesmo significado literal, porque não consegui encontrar uma definição diferente na lista do dicionário.

Obrigado.

Marcelo Del'Anhol Editor Curitiba, Brasil 2K

Na frase «Sua obra será sons que se ouvem no papel», que se encontra na tradução de uma obra literária, apontaram um incorreção na concordância verbal, porque o verbo ser deveria concordar com «sons» e não com «obra». É a única concordância possível?

Existem bons gramáticos que apontam como correta a concordância com o sujeito nesse caso?

Podem nos ajudar com essa questão, por favor?

João Santos Estudante Coimbra, Portugal 2K

O que significa a expressão «não tem nada que enganar»?

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 6K

Relativamente ao verbo combinar, deparei-me com esta construção: «Combinámos para irmos à pista num sábado.»

Perguntava-vos se podemos usar esta construção.

Obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Perguntava-vos se é possível aceitarmos esta construção frásica:

«Não gosto de os ver a chorarem por terem fome e eu não ter nada para lhes dar.»

Obrigado.

Paulo de Sousa Tradutor Estoril, Portugal 2K

Existe em português, do ponto de vista gramatical, a designação «verbo composto»?

Na língua inglesa, chama-se compound verb ou complex predicate ao verbo que consiste em pelo menos duas palavras ou por uma palavra composta (combinação de dois nomes). Este tipo de verbos divide-se geralmente em quatro grupos:

(1) «prepositional verbs» [verbos preposicionados (?)] – verbo + preposição (os dois elementos não são geralmente passíveis de separação);

(2) «phrasal verbs» [verbos sintagmáticos (?)] – verbo + partícula (preposição ou advérbio, ou ambos, sendo os dois elementos passíveis de separação);

(3) «verbs with auxiliaries» [verbos com auxiliares (ser ou estar)] – ser/estar + verbo;

(4) «compound single-word verbs» [verbos constituídos por uma palavra composta (podendo esta estar separada por um hífen) – Ex. «daydream» (fantasiar) ou «sight-read» (ler de improviso).

Grato pela atenção.

Gilcileno Amorim Tradutor Mossoró (RN), Brasil 18K

Leio nos jornais impressos, vez por outra, o emprego da palavra cirurgiado.

Estaria correto o uso desse neologismo ou seria condenável a utilização dessa palavra, perante a norma culta da língua portuguesa?

Obrigado.

Rui Wahnon Tradutor aposentado Colares, Sintra, Portugal 4K

Vi na televisão a seguinte frase numa legenda, que julgo ser incorrecta[*]: «Não vamos ir».

Agradecia um comentário, perante a atitude de um colega que a defendeu e não aceitou os meus argumentos.

Desde já grato.

 

[* N. E. – O consulente adota a norma ortográfica de 1945.]

Maria Duarte Explicadora Mafra, Portugal 1K

Antes de mais, parabéns pelo vosso trabalho!

Na frase «duvido que chova», temos modalidade epistémica com valor de [in]certeza ou de probabilidade?

Muito obrigada desde já!